A Bahia, maior produtor de café do Nordeste e o quarto no ranking nacional, vive um momento de transformação no agronegócio, com foco em tecnologias que unam produtividade, sustentabilidade e rentabilidade. Entre as novidades do setor, o uso de fertilizantes remineralizadores de solo tem ganhado destaque como uma alternativa para impulsionar a cafeicultura no estado.
Com cerca de 133 mil hectares dedicados à produção de café, a Bahia conta com polos importantes em Ibicoara, Barra do Choça, Vitória da Conquista, Barra da Estiva e Eunápolis, entre outras cidades do sudeste, sul e extremo sul. A previsão da safra deste ano, segundo a Secretaria da Agricultura da Bahia (Seagri), é de 265.920 toneladas, o equivalente a 4,4 milhões de sacas.
A produção baiana se concentra nas variedades arábica e conilon, com crescimento gradual dos cafés especiais, especialmente em áreas com terroirs diferenciados. No entanto, a atividade ainda enfrenta desafios como esgotamento do solo, altos custos com insumos e os efeitos das mudanças climáticas.
Inovação e solo mais resiliente
Nesse contexto, empresas como a Vulcano Agrominerais vêm apresentando soluções mais sustentáveis, como o reminalizador de solo produzido a partir de rochas ricas em minerais. O produto atua diretamente na melhoria das propriedades físico-químicas do solo, favorecendo grãos com mais qualidade, aroma e sabor.
“Diferente dos fertilizantes químicos convencionais, o remineralizador libera nutrientes de forma gradual, promovendo melhorias estruturais e biológicas consistentes”, explica o engenheiro agrônomo André Dias, especialista em fertilidade do solo.
Além de contribuir para o equilíbrio nutricional das plantas, o remineralizador aumenta a retenção de água, estimula a microbiota do solo e reduz a dependência de insumos químicos solúveis — pontos fundamentais para a saúde das lavouras e para o bolso dos produtores.
Exportações em alta
Em 2024, a Bahia exportou cerca de 81,6 mil toneladas de café, gerando uma receita de US$ 294,9 milhões. Somente entre janeiro e abril, foram 33,3 mil toneladas exportadas, com US$ 199,7 milhões em retorno para a economia estadual, segundo a Seagri.
A expectativa do setor é de que tecnologias como os fertilizantes naturais consolidem o estado como referência em sustentabilidade agrícola, especialmente no Oeste baiano, área estratégica para o futuro da produção nacional.
“A sustentabilidade econômica e ambiental é um dos maiores benefícios do produto, que apresenta maior durabilidade no solo, redução de custos a médio e longo prazo e menor impacto ambiental”, reforça André Dias.
Com foco em inovação e tecnologia, a Bahia se prepara para crescer de forma competitiva e sustentável, fortalecendo seu papel no mapa da cafeicultura brasileira e global.