Estudantes da Bahia criam bronzeador natural com buriti e hibisco

Estudantes da Bahia  criam bronzeador natural com buriti e hibisco

Redação Alô Alô Bahia

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Tiago Mascarenhas, com informações do g1 Bahia

Arquivo Pessoal

Publicado em 01/10/2025 às 09:49 / Leia em 2 minutos

Quatro alunas do Colégio Estadual Professor Carlos Valadares, em Santa Bárbara, no interior da Bahia, desenvolveram um óleo corporal sustentável que funciona como bronzeador e pós-sol.

Batizado de “Sol Dourado”, o produto foi elaborado com ingredientes regionais como buriti e hibisco e busca unir cuidado com a pele e valorização da biodiversidade.

Sob orientação da engenheira de alimentos Ana Luiza da Silva Rezende Guanais e coorientação de Charlene Cristine de Jesus, as estudantes Alice Mascarenhas, Riana Azevedo, Rachel Azevedo e Mariana das Mercês iniciaram a pesquisa em abril de 2025.

Foto: Arquivo Pessoal

O projeto surgiu da observação do potencial dos insumos vegetais nordestinos e da demanda crescente por cosméticos veganos.

A formulação inclui manteiga de karité, vitamina E, óleo de buriti, hibisco seco e mica dourada. Os componentes foram escolhidos por propriedades como hidratação, ação antioxidante, cicatrização, realce do tom da pele e efeito iluminador.

Segundo Mariana das Mercês, em entrevista ao g1 Bahia, o objetivo é oferecer um produto que “une beleza, bem-estar e consciência ambiental, valorizando recursos locais de forma saudável”.

O desenvolvimento envolveu levantamento científico, formulação e testes práticos. Em julho, 20 voluntários participaram de avaliações sensoriais, que registraram boa aceitação quanto a aroma, textura e espalhabilidade.

Foto: Arquivo Pessoal

Um dos diferenciais foi a adaptação para utilizar farinha de buriti na extração do óleo, já que a safra do fruto maduro não coincidiu com o período de produção. Além disso, a essência de hibisco foi preparada artesanalmente com álcool de cereais, o que conferiu aroma suave e propriedades antioxidantes.

A equipe já planeja registrar patente após a conclusão dos testes de eficácia e segurança dermatológica. “Todos os procedimentos são cruelty-free, sem uso de animais. A proteção da metodologia é fundamental para garantir reconhecimento à inovação”, destacou a professora Ana Luiza.

O projeto integra o Pinga Saberes – Clube STEAM do Sertão e conta com o apoio da Secretaria da Educação da Bahia, do Lab Maker do Senai Feira de Santana e dos clubes de ciências Semente da Bahia e Conexões STEAM.

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