Financista milionário mantinha ‘calabouço sexual’ em cobertura para torturar modelos da ‘Playboy’

Financista milionário mantinha ‘calabouço sexual’ em cobertura para torturar modelos da ‘Playboy’

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Com informações do Extra

Reprodução / Redes sociais

Publicado em 27/09/2025 às 14:38 / Leia em 3 minutos

Um financista aposentado e ex-executivo de instituição em Wall Street, em Nova York (EUA), que já foi ligado durante anos ao bilionário George Soros, foi acusado na sexta-feira (26/9), após conclusão de investigação, de “torturar” por anos ex-modelos da “Playboy” e outras mulheres na cobertura que mantinha em Midtown Manhattan transformada numa espécie de “calabouço sexual” sadomasoquista à prova de som. As informações são da coluna Page Not Found, no Jornal Extra.

O milionário Howard Rubin, de 70 anos, foi preso por autoridades federais, sem direito a fiança, em sua casa em Fairfield (Connecticut, EUA), na manhã de sexta-feira, sob a acusação de ter traficado sexualmente pelo menos 10 mulheres entre 2009 e 2019, atraindo-as para hotéis luxuosos em Nova York e para o apartamento de luxo alugado perto do Central Park — onde as manteve em cárcere privado, as espancou e lhes deu choques elétricos, entre outras violências, segundo a acusação do Ministério Público do Brooklyn.

O gestor de finanças costumava trocar mensagens com a sua assistente pessoal, Jennifer Powers, deleitando-se das práticas ocorridas no “calabouço”. Ela também enfrenta acusações de tráfico sexual relacionadas ao esquema, contou reportagem no “NY Post”.

Numa troca de mensagens com Jennifer, a que agentes federais tiveram acesso, Rubin contou ter amarrado uma mulher na cruz, ao que a assistente respondeu: “Só posso imaginar o que você fez com ela naquela cruz!!! Você deu choque na vagina dela??” O financista respondeu afirmativamente, mas reclamou que o dispositivo de eletrocussão estava “perdendo a força”.

Algumas das mulheres levadas para a cobertura disseram ter acertado com Rubin uma palavra de segurança que poderia ser usada quando o sexo estivesse ficando “muito violento”, mas, disseram elas, ele costumava ignorar os seus apelos. Outras foram amordaçadas para não manifestarem, e ele até continuava a sessão de tortura se a mulher desmaiasse, alegaram os promotores. O financista chegava a pagar US$ 5 mil (R$ 27 mil) por programa sexual.

“Conforme alegado, os réus usaram a riqueza de Rubin para enganar e recrutar mulheres para a prática de atos sexuais comerciais, torturando-as sem o consentimento delas, causando dor física e/ou psicológica duradoura, em alguns casos, lesões físicas”, afirma o processo.

“Alívio. Alívio. Depois de oito anos, finalmente um suspiro de alívio”, disse ao “NY Post” uma das mulheres que acusam Rubin, sob anonimato. “Tem sido um pesadelo completo. Estou aliviada que a justiça finalmente esteja sendo feita”, completou ela.

De acordo com o processo duas vítimas foram identificada com as Playmates Mia Lytell e Amy Moore, e uma terceira, Stephanie Caldwell, é apresentada como modelo e dançarina.

Um dos quartos da cobertura, à prova de som e pintado de vermelho, possuía um dispositivo usado para dar choques ou eletrocutar as mulheres, segundo agentes federais que estiveram no imóvel. O quarto também possuía uma cruz e uma cama com amarras, onde as mulheres eram amarradas e amordaçadas, segundo as autoridades.

Não está claro o que levou os agentes federais a prosseguir com o caso criminal agora, e suas vítimas ficaram se perguntando por que demorou tanto, especialmente porque os promotores levaram outros casos de tráfico sexual de alto perfil à Justiça, como os do magnata Jeffrey Epstein e do rapper P Diddy.

 

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