Segue até 12 de outubro, no Museu de Arte da Bahia (MAB), em Salvador, a mostra “Bancos Indígenas do Brasil: Rituais”, que apresenta cem peças da Coleção BEĨ esculpidas por 39 etnias de diferentes regiões do país. A entrada é gratuita e a visitação acontece de terça a domingo, das 10h às 18h.
A exposição, que já percorreu outras cidades brasileiras, reúne bancos usados em contextos cerimoniais e do cotidiano, revelando a força estética, simbólica e espiritual da arte indígena.
Entre os destaques estão bancos individuais, como os destinados ao cacique e ao pajé, e exemplares coletivos de até seis metros, criados pelo povo Galibi Marworno para o ritual do Turé, capazes de acomodar até quinze pessoas em celebrações xamânicas.
Com curadoria de Marisa Moreira Salles, Tomas Alvim e Danilo Garcia, a proposta se organiza em três eixos: espiritualidade e cura; iniciação e passagem; contos e mitos. A mostra evidencia como esses objetos, muitas vezes vistos apenas como utilitários, carregam narrativas complexas de pertencimento e cosmologia.
O projeto inclui 16 oficinas de arte-educação voltadas a estudantes da rede pública e apresenta ainda registros em foto e vídeo do fotógrafo Rafael Costa, que documentou a produção de bancos pelos povos Mehinaku (Xingu) e Ticuna (Amazônia).