A Prefeitura de Salvador vai deixar o Palácio Thomé de Souza, na Praça Municipal, para cumprir decisão judicial que obriga a retirada da sede do Executivo municipal do edifício projetado por João Filgueiras Lima, o Lelé. Segundo fontes ouvidas pela coluna de Rodrigo Daniel Silva, do jornal Correio, parceiro do Alô Alô Bahia, o prefeito Bruno Reis (União Brasil) já trabalha para transferir a administração para o Palácio da Sé, também no Centro Histórico.
A expectativa é que a mudança seja concluída ainda este ano, permitindo que, já em janeiro de 2026, a prefeitura esteja em pleno funcionamento no novo endereço. “Tentamos postergar ao máximo, mas temos que cumprir a decisão da Justiça”, tem repetido Bruno Reis, que lamenta a necessidade de saída do espaço que simboliza a gestão municipal desde sua inauguração.
O destino do Palácio Thomé de Souza ainda é incerto. Entre as possibilidades em análise estão a criação de um mirante, um espaço gastronômico ou sua concessão para a Universidade Federal da Bahia (UFBA). A prefeitura já abriu conversas com a instituição para viabilizar que o prédio seja preservado e utilizado para fins acadêmicos. A ideia é transformá-lo em objeto de estudo e pesquisa para futuras gerações, fortalecendo o vínculo da universidade com o patrimônio arquitetônico da cidade.
A mudança da sede do Executivo faz parte de uma série de transformações urbanas previstas para os próximos anos em Salvador. Em agosto, o prefeito já havia sinalizado que a transferência para o Palácio da Sé deve ocorrer no início de 2026. Além disso, a cidade se prepara para a inauguração do novo Centro de Convenções, que, segundo, Tânia Scofield, presidente da Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), teria estrutura dividida entre o próprio Palácio Thomé de Souza e parte subterrânea da Praça Municipal, no Centro Histórico.