O espaço aéreo sobre o Oceano Atlântico, sob responsabilidade do Brasil, passará por uma importante transformação a partir de 2026. O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea) vai implementar o PBCS (Performance-Based Communication and Surveillance), sistema que utiliza tecnologias mais modernas de comunicação e vigilância para controlar o tráfego de aeronaves.
Atualmente, aviões que cruzam o Atlântico precisam manter uma distância mínima de 10 minutos de voo entre si, cerca de 80 milhas náuticas. Com a primeira fase do novo projeto, esse intervalo poderá cair para apenas 5 minutos, sem comprometer a segurança operacional.
A expectativa é que os benefícios aumentem à medida que mais aeronaves passem a voar equipadas com sistemas compatíveis com os novos requisitos tecnológicos.
Segundo o Decea, a novidade trará uma série de vantagens, como mais segurança e organização no espaço aéreo; maior capacidade de tráfego, permitindo que mais aviões cruzem a mesma região simultaneamente; economia de combustível, com rotas mais diretas e níveis de voo otimizados; menor poluição, com redução das emissões de gases; e mais flexibilidade nas rotas, especialmente em situações de mau tempo.
O projeto faz parte do Programa SIRIUS Brasil e alinha o país às práticas recomendadas pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), que busca padronizar as regras da aviação global.
De acordo com o Brigadeiro do Ar James Souza Short, do Decea, a iniciativa “representa um avanço operacional e reforça o compromisso do Brasil com a segurança e a eficiência no controle de tráfego aéreo”.