Daniela Mercury comanda trio elétrico em manifestação na Barra

Daniela Mercury comanda trio elétrico em manifestação na Barra

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Reprodução / Genilson Coutinho

Publicado em 21/09/2025 às 11:42 / Leia em 2 minutos

A cantora Daniela Mercury comanda, na manhã deste domingo (21), um trio elétrico na região da Barra, em Salvador. A apresentação faz parte dos protestos contra a Proposta de Emenda à Constituição da Blindagem, que também acontecem em mais de 30 cidades ao redor do Brasil, reunindo ativistas, artistas, movimentos sociais, frentes populares e diversos setores da sociedade. Na capital baiana, também está prevista a presença do ator Wagner Moura.

No Rio de Janeiro, o ato contará com a presença do cantor e compositor Caetano Veloso, que comandará um trio elétrico em Copacabana, acompanhado de Gilberto Gil, Chico Buarque e Djavan, em um encontro marcado para as 14h no Posto 5.

 

O que é a PEC da Blindagem?

Conhecida como PEC 3/2021, a proposta, rebatizada de PEC da Blindagem, foi aprovada em dois turnos na Câmara dos Deputados em setembro e segue agora para o Senado.

O texto exige autorização prévia da Câmara ou do Senado para que o STF possa abrir ações penais contra deputados e senadores e também restringe a prisão de parlamentares, que passaria a depender de aval da maioria de seus pares. Em alguns debates, chegou-se a mencionar a possibilidade de estender essas prerrogativas a presidentes de partidos.

O relator do projeto na Câmara foi o deputado Cláudio Cajado (PP-BA), e a proposta voltou à pauta sob a presidência de Hugo Motta (Republicanos-PB) após articulação com líderes partidários. Defensores afirmam que o objetivo é proteger parlamentares de abusos de autoridade, mas críticos veem risco de impunidade e enfraquecimento do Judiciário.

A PEC, que ficou adormecida desde 2021, reacendeu a mobilização popular em 2025. Entidades como a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC), além de organizações anticorrupção, divulgaram notas de repúdio.

No Supremo, o ministro Dias Toffoli determinou que a Câmara explique em até dez dias o rito de aprovação, em ação que contesta o avanço da proposta.

Caso o texto seja aprovado pelo Senado sem alterações, a PEC será promulgada; se sofrer mudanças, voltará à Câmara para nova análise.

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