Entre 2023 e 2025, o governo federal encerrou mais de 44,5 mil cargos considerados defasados, segundo a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck.
Em entrevista à GloboNews nesta sexta-feira (19), ela afirmou que outros 21,6 mil postos na área da educação, ainda ocupados, também serão extintos gradualmente.
As funções já eliminadas incluem profissões como datilógrafo, ascensorista, motorista e auxiliar de enfermagem. “Há cargos criados na década de 1970 que já não fazem mais sentido”, disse a ministra, explicando que se tratam de funções sem concursos há muitos anos e que não atendem mais às demandas atuais.
Dweck citou ainda a reestruturação na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Mesmo sem grande número de vagas em aberto, foi possível abrir concurso a partir do remanejamento de cargos vagos na área da saúde. “Era um setor com muitos cargos a serem transformados”, destacou.
Sobre os 21,6 mil postos da educação que serão descontinuados, a ministra detalhou que eles passarão por um processo de “transversalização”: à medida que ficarem vagos, deixarão de ser cargos muito específicos para se tornarem funções de perfil mais amplo, o que permitirá ajustá-los às necessidades de cada órgão.
Ela ressaltou que, no governo federal, o número de contratações vem sendo menor que o de desligamentos, o que resulta em uma tendência de redução do quadro de servidores, movimento menos expressivo no nível municipal, mas que, segundo a ministra, deve continuar no âmbito da União.