Pressão 12 por 8 deixa de ser considerada normal e passa a ser ‘pré-hipertensão’ no Brasil

Pressão 12 por 8 deixa de ser considerada normal e passa a ser ‘pré-hipertensão’ no Brasil

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Reprodução/Unsplash

Publicado em 18/09/2025 às 17:40 / Leia em 2 minutos

A nova Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial 2025, lançada nesta quinta-feira (18) durante o 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, mudou os parâmetros de risco para pressão arterial no país.

Agora, quem apresenta valores entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9 (120-139 mmHg sistólica e/ou 80-89 mmHg diastólica) passa a ser classificado como portador de pré-hipertensão. Antes, esse nível era considerado apenas “normal limítrofe”.

O que muda na prática?

A alteração busca reforçar a prevenção. Nessa faixa, ainda sem hipertensão instalada, médicos devem recomendar mudanças no estilo de vida e, em alguns casos de maior risco, podem até indicar o início de tratamento medicamentoso.

A decisão acompanha as diretrizes internacionais, divulgadas em 2024 no Congresso Europeu de Cardiologia, que também passaram a classificar a pressão 12 por 8 como “elevada”.

Outra mudança significativa é no controle da doença. Até agora, manter a pressão abaixo de 14 por 9 (140/90 mmHg) era considerado suficiente. Com a nova diretriz, o alvo passa a ser menor que 13 por 8 (<130/80 mmHg) para todos os hipertensos, independentemente de idade, sexo ou presença de outras doenças.

Segundo especialistas, essa meta mais rígida é crucial para reduzir o risco de infarto, AVC e insuficiência renal. Em pacientes que não toleram reduções tão intensas, a orientação é buscar o nível mais baixo possível, dentro da segurança clínica.

Risco cardiovascular global

Pela primeira vez, a diretriz estabelece que não basta olhar apenas para os números da pressão. Médicos devem avaliar o risco cardiovascular global, utilizando o escore PREVENT – ferramenta que calcula a probabilidade de um evento cardíaco em 10 anos, considerando fatores como obesidade, diabetes, colesterol alto e lesões em órgãos como rins e coração.

Com isso, os cuidados passam a seguir o modelo da medicina de precisão, permitindo condutas mais intensas para quem está em alto ou muito alto risco.

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