Sete em cada dez estudantes do ensino médio usam inteligência artificial para pesquisas escolares, aponta estudo

Sete em cada dez estudantes do ensino médio usam inteligência artificial para pesquisas escolares, aponta estudo

Redação Alô Alô Bahia

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Reprodução/Unsplash

Publicado em 16/09/2025 às 11:13 / Leia em 2 minutos

Sete em cada dez estudantes brasileiros do ensino médio já recorrem a ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa, como ChatGPT e Gemini, para realizar pesquisas escolares. O dado é da 15ª edição da pesquisa TIC Educação, divulgada nesta terça-feira (16) pelo Cetic.br, do NIC.br.

Segundo o levantamento, 70% dos alunos do ensino médio utilizam IA em seus trabalhos. No ensino fundamental, o índice é menor: 39% entre os anos finais e 37% na média geral.

Apesar do crescimento no uso da IA, apenas 32% dos alunos disseram ter recebido alguma orientação sobre como utilizar a tecnologia em sala de aula. Ainda assim, 40% dos gestores afirmaram que já discutem regras específicas para IA em reuniões com professores e pais, ao lado das normas sobre celulares.

Conectividade

A pesquisa mostra que a presença de celulares nas escolas está cada vez mais restrita. Em 2023, 28% das instituições proibiam o uso. Em 2024, esse número subiu para 39%. A mudança coincide com a promulgação da Lei 15.100, de janeiro deste ano, que limitou o uso de dispositivos móveis em ambientes escolares.

Quase todas as escolas brasileiras (96%) já possuem internet, com destaque para o avanço em instituições municipais (de 71% em 2020 para 94% em 2024) e rurais (de 52% para 89%).
Apesar disso, persistem desigualdades: enquanto 67% dos alunos da rede estadual usam internet em atividades escolares, nas municipais a proporção é de apenas 27%.

Outro desafio é o acesso a equipamentos. Nas escolas rurais, a presença de ao menos um computador para uso dos alunos caiu de 46% em 2022 para 33% em 2024.

O estudo também revelou uma queda na formação de docentes em tecnologia digital. Em 2021, 65% dos professores afirmavam ter participado de cursos; em 2024, esse número caiu para 54%. Entre os professores da rede municipal, o índice despencou de 62% para 43%.

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