Após apresentações históricas em alguns dos maiores festivais do país e do mundo, Ludmilla voltou a São Paulo na noite deste domingo (14) para assumir o posto de headliner do palco The One no The Town, no Autódromo de Interlagos. Com uma apresentação que atravessou toda a sua trajetória musical e antecipou a nova fase artística, a cantora entregou uma performance vibrante e potente.
Concebida como uma prévia de seu próximo álbum de R&B, a apresentação que conta com direção criativa de Ludmilla e Gabe Lima funcionou como um portal para a era que a artista vem construindo há mais de um ano. Uma estrutura de 20 metros de comprimento, sustentando um imenso telão de LED, serviu como elemento central.
Já o setlist começou com o trecho de uma música inédita do novo projeto, e contou ainda com sucessos consagrados como “Sou Má”, “Verdinha” e “Sintomas de Prazer”, além de faixas raras nunca apresentadas ao vivo, entre elas “Senta e Levanta” e “Morrer de Viver”. Também foram incluídos hits do Numanice, turnê que encerrou sua terceira edição em julho deste ano, com destaque para “Saudade da Gente” e “Maliciosa”. Entre os momentos marcantes da noite, “5 Contra 1” foi interpretada em uma cama em cena sensual com os bailarinos, enquanto “Sintomas de Prazer” ganhou nova força em um banco cenográfico.
Também incluídos, os singles já revelados do novo álbum, “Paraíso” e “Cam Girl”, foram os momentos mais marcantes da noite. Em “Paraíso”, faixa dedicada à Brunna Gonçalves e à Zuri, filha do casal nascida em maio, um interlúdio exibiu imagens inéditas da ultrassonografia e do parto. A sequência transmitiu uma mensagem poderosa contra a homofobia e o abandono parental, reforçando que, acima de tudo, o que realmente importa é o amor, o afeto, a proteção e a presença que fazem de uma família algo completo. Já em “Cam Girl”, a aparição surpresa da cantora estadunidense Victoria Monét incendiou o público, que também pôde acompanhar a performance de “On My Mama”. Victoria fez um discurso enaltecendo a oportunidade de estar ao lado de Lud, destacando que elas se conectam pela música e pela alma, e não pelo idioma.
Os figurinos, assinados pela stylist americana Jennifer Udechukwu, também chamaram a atenção. No primeiro ato, Ludmilla usou um top customizado Purple Brand com cristais Swarovski e short exclusivo JAGNE x Levi’s, combinando jeans, couro e xadrez. No segundo, surgiu com um conjunto personalizado JAGNE, produzido com tecido desenvolvido manualmente pelo artista têxtil Ricardo Vivas. A peça incluía bomber jacket, shorts cargo e botas customizadas, finalizados com patches pessoais: “BADLUDRJ” e a data de nascimento de Zuri (14/05/25).
A produção incluiu também seis músicos e 16 bailarinos, com Ludmilla envolvida em todas as etapas criativas, do repertório ao desenho do palco, passando pela luz e coreografia. No último bloco, um timer indicou a contagem regressiva para um teaser anunciando que o álbum será lançado em breve, preparando o público para sua nova era artística.
