Mauro Cid: PGR discorda de pena reduzida, mas decisão do STF deve prevalecer

Mauro Cid: PGR discorda de pena reduzida, mas decisão do STF deve prevalecer

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Tom Molina/STF

Publicado em 12/09/2025 às 18:52 / Leia em 2 minutos

A Procuradoria-Geral da República (PGR) não concordou com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que concedeu benefícios quase máximos ao tenente-coronel Mauro Cid no acordo de delação premiada.

Apesar disso, a instituição não deve recorrer.

Segundo interlocutores, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, avalia que um recurso teria poucas chances de prosperar, já que o benefício foi um dos raros pontos de unanimidade entre os ministros do STF.

Nas alegações finais do processo, Gonet havia criticado os depoimentos de Cid, classificando-os como “em geral, superficiais e pouco elucidativos”. Para a PGR, os benefícios deveriam ter ficado no “patamar mínimo”.

O entendimento do STF, no entanto, foi diferente. A Corte condenou o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro por todos os crimes de que era acusado, mas fixou a pena em apenas dois anos, em regime aberto, considerando que a colaboração com a Polícia Federal foi efetiva.

Inicialmente, a defesa de Cid pleiteava o perdão total da pena, hipótese descartada pela Primeira Turma. Os ministros entenderam que o benefício não seria aplicável a crimes contra a democracia, em uma sinalização clara de como a Corte trata a discussão sobre anistia.

Nesta sexta-feira (12), a defesa do militar protocolou novos pedidos: a retirada da tornozeleira eletrônica e a “detração” da pena, ou seja, o abatimento do período em que ele cumpriu medidas cautelares desde maio de 2023.

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