A ministra Cármen Lúcia apresenta nesta quinta-feira (11) seu voto no julgamento da trama golpista de 2022, que envolve o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete réus.
Em sua fala inicial, a ministra destacou a relevância do caso: “Toda ação penal impõe um julgamento justo e aqui não é diferente. O que há de inédito talvez nessa ação penal é que nela pulsa o Brasil que me dói. A presente ação penal é quase um encontro do Brasil com seu passado, com seu presente e com seu futuro”.
O voto de Cármen Lúcia é o quarto no processo, iniciado por volta das 14h20. Já há maioria para condenar o tenente-coronel Mauro Cid e o ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto pelo crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O posicionamento da ministra poderá ser decisivo para o resultado em relação aos demais réus.
Até agora, os ministros Alexandre de Moraes (relator) e Flávio Dino votaram pela condenação de todos os acusados. Já Luiz Fux divergiu, defendendo a absolvição parcial ou total, incluindo a de Bolsonaro.
As penas ainda não foram definidas. Moraes propôs que sejam somadas, enquanto Dino defendeu punições proporcionais ao envolvimento de cada réu.