Em cartaz com “Os 3 Obás de Xangô”, que celebra a amizade de Jorge Amado, Carybé e Dorival Caymmi, o cineasta Sérgio Machado não para. O baiano prepara, entre outros, o lançamento no cinema de outro documentário que mergulha na identidade musical da Bahia. Intitulado “A Bahia Me Fez Assim”, o longa musical reúne grandes nomes da cena musical do estado em encontros inesperados dentro do estúdio.
“É um projeto ainda inédito, que foi produzido pelo canal Curta e que a gente vai lançar em breve também no cinema. São grandes nomes baianos, bandas como Aatoxxá, Afrocidade, Rachel Reis…”, disse o diretor em entrevista ao Alô Alô Bahia.
O filme, que chegou a ser apresentado em abril no Panorama Coisa de Cinema, registra artistas como as Ganhadeiras de Itapuã interpretando Raul Seixas com Yayá Muxima, além do Ilê Aiyê e Tiganá Santana cantando João Gilberto. A seleção musical ficou a cargo de Alê Siqueira, responsável por escolhas que, segundo o cineasta, renderam interpretações potentes e cheias de emoção.

Sergio Machado e as Ganhadeiras de Itapuã | Foto: Divulgação
A proposta do documentário foi responder à pergunta “Existe algo eminentemente baiano no fazer musical da Bahia?”. Para isso, Sérgio Machado adotou um recurso especial. “As bandas e os cantores chegavam no estúdio sem saber o que é que eles iam gravar e sem ter preparado nada. […] Mas tem muita treta, muita briga durante as gravações. É muito divertido. A sensação que dá para quem vê o filme é que você é uma espécie de mosquinha invisível dentro de um estúdio de gravação acompanhando aquilo de uma maneira muito especial”, contou.
Além de “A Bahia Me Fez Assim”, Machado adiantou outros projetos que estão em fase de desenvolvimento. Entre eles, o suspense “Eternamente Sua”, inspirado em Hitchcock, previsto para começar a ser rodado em 2026, e um longa-metragem sobre a vida de Chico Mendes, descrito pelo diretor como “um grande líder brasileiro, uma espécie de Mahatma Gandhi, Nelson Mandela do Brasil”.