O Itaú confirmou, nesta segunda-feira (8), que realizou demissões relacionadas ao regime de trabalho remoto. A instituição não divulgou o número de funcionários desligados, mas rumores que circularam nas redes sociais estimam que os cortes atingiram centenas de bancários. O banco tem atualmente 95.714 colaboradores, sendo 85.775 no Brasil.
Em nota à imprensa, o Itaú explicou que as demissões ocorreram após uma “revisão criteriosa” de condutas associadas ao home office e ao controle de jornada. Segundo a instituição, “em alguns casos, foram identificados padrões incompatíveis com nossos princípios de confiança, que são inegociáveis para o banco”.
A empresa disse ainda que “essas decisões fazem parte de um processo de gestão responsável e têm como objetivo preservar nossa cultura e a relação de confiança que construímos com clientes, colaboradores e a sociedade”.
Atualmente, cerca de 40% dos funcionários do Itaú trabalham de forma totalmente presencial, principalmente no atendimento ao público. Outros 60% atuam no modelo híbrido, que exige presença no escritório em pelo menos oito dias por mês.
O Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região repudiou a decisão, classificando as demissões como “inaceitáveis”. Em comunicado, a entidade destacou que uma instituição com lucros bilionários não deveria justificar cortes em massa sob o argumento de produtividade.
O sindicato também criticou o fato de não ter sido consultado sobre alternativas para a recolocação dos profissionais em outras áreas.
A entidade calcula que quase mil trabalhadores possam ter sido desligados, embora não haja confirmação oficial. Como as homologações não passam mais pelo sindicato, as informações dependem de relatos de bancários.