Cientistas descobrem forma surpreendente de eliminar manchas amarelas das roupas

Cientistas descobrem forma surpreendente de eliminar manchas amarelas das roupas

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

com informações da Casa Vogue

Getty Images

Publicado em 06/09/2025 às 17:17 / Leia em 3 minutos

As manchas amarelas em roupas brancas, um incômodo para muitos, viraram objeto de estudo para cientistas japoneses. E, acredite, eles encontraram uma solução muito mais eficiente do que a água sanitária para acabar com elas: a luz de LED. Um estudo publicado na revista científica ACS Sustainable Chemistry & Engineering comprovou a eficácia da tecnologia de iluminação. As informações são da Casa Vogue.

Pesquisadores da Asahi Kasei Corporation, multinacional química japonesa, testaram diferentes métodos de remoção de manchas em tecidos propositalmente sujos com suco de laranja, suco de tomate e substâncias semelhantes ao suor. A conclusão foi surpreendente: a luz de LED azul de alta intensidade removeu muito mais manchas do que a água sanitária ou a exposição aos raios UV.

“Nosso método utiliza luz azul visível em combinação com o oxigênio do ambiente, que atua como agente oxidante para conduzir o processo de fotobranqueamento. Essa abordagem evita o uso de produtos químicos agressivos normalmente necessários em métodos convencionais, tornando-a intrinsecamente mais sustentável”, explicou o cientista Tomohiro Sugahara, na publicação.

Para entender como o estudo funcionou especificamente nas manchas amarelas, é importante saber que essa coloração é causada pelo esqualeno e pelo ácido oleico — substâncias presentes na oleosidade da pele e no suor. No experimento, os pesquisadores comprovaram que o LED azul clareou essas manchas com eficácia, sem danificar os tecidos. A técnica também foi eficiente em manchas de suco de laranja e tomate.

“Descobrimos que a irradiação com um diodo emissor de luz azul de alta intensidade em condições oxigenadas promove a decomposição oxidativa desses compostos em substâncias incolores, como aldeídos e ácidos carboxílicos, sem a necessidade de oxidantes ou solventes orgânicos. Diferente da fotodegradação por UV, que pode gerar cromóforos secundários e danificar tecidos, o processo proposto atinge seletivamente os componentes coloridos, mostrando-se mais versátil que o branqueamento por UV”, descreve a pesquisa.

Com a descoberta, a expectativa agora é desenvolver um sistema de iluminação para uso doméstico, industrial e, claro, comercial. “Essa tecnologia reduz o impacto ambiental do branqueamento ao evitar agentes oxidantes convencionais, como o peróxido de hidrogênio [alvejante]. Além disso, por dispensar solventes, pode ser usada em tecidos delicados, tornando-se um método de limpeza sustentável e promissor.”

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