Mano Brown pede desculpa a Camila Pitanga por chamá-la de ‘mulata’ em podcast

Mano Brown pede desculpa a Camila Pitanga por chamá-la de ‘mulata’ em podcast

Redação Alô Alô Bahia

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Reprodução/Instagram/@goncaloasilva

Publicado em 05/09/2025 às 17:32 / Leia em 3 minutos

O rapper Mano Brown usou as redes sociais nesta sexta-feira (5) para se retratar após a participação de Camila Pitanga e o pai, Antonio Pitanga, em seu podcast. Durante um episódio do Mano a Mano, chamou a atriz de “mulata” e foi prontamente corrigido pela convidada, identificada como uma mulher negra. A situação viralizou nas redes sociais.

“Venho agradecer imensamente pela recepção calorosa da nova temporada do Mano a Mano. Cada episódio foi pensado com cuidado e propósito, e estamos felizes em ver como essa troca tem tocado e gerado reflexões no nosso público. Também quero emitir um sincero pedido de desculpas à família Pitanga, em especial a Antônio e Camila Pitanga, nossos convidados, pelos transtornos causados pela repercussão do episódio“, escreveu o cantor nos stories do Instagram.

Ele agradeceu a participação de Camila e Antônio no podcast. “Reconhecemos que a condução do tema e a forma como o episódio foi divulgado são de total responsabilidade nossa, especialmente por se tratar de um assunto polêmico e atual. Reforçamos também que os convidados tiveram uma excelente participação, contribuindo com respeito, sabedoria e generosidade para o debate”, completou.

Trecho viralizou
No último dia 21 de agosto, um trecho do podcast viralizou, quando Mano Brown questiona Camila Pitanga sobre a negritude da artista em conversa sobre ancestralidade. “Você é mulher mulata? Posso usar esse termo ou não?”, questionou ele. “Negra”, afirmou Camila. “Você sabe que a gente é lido como pardo, certo?”, indagou o artista, explicando seu ponto de vista. Mesmo assim, a artista rebateu: “Tudo bem, mas eu não me chamo de parda”, reforçou ela.

Mano Brown tentou explicar de novo seu raciocínio. “Eu também não, mas mulato eu sou e eu entendo como a gente é lido. Não adianta eu querer ser o blue [retinto], as pessoas me leem como o brown [negro de pele clara]. Certo? E na vida é assim: o mais escuro é o mais escuro, a gente é mais claro, porque a gente teve mistura e tal. E você é lida dessa forma. Eu já vi debates sobre a sua raça e sobre a minha. Sim. Se você é negra ou não. Então, por isso que eu te pergunto: a visão, a forma como ele [Antonio Pitanga, pai dela] é visto, é diferente de você. Certo?”, indagou ele.

No entanto, Camila garantiu que não se importa com a forma como as pessoas a enxergam. “Mas uma coisa é como me veem e outra é como eu me vejo”, rebateu. “Como você se vê, Camila?”, questionou Mano Brown. “Como uma mulher negra em movimento. A questão é que, tendo esse baobá do meu lado, tendo Benedita da Silva como também parte da minha ancestralidade, sendo filha de Vera Manhães, tendo essa ancestralidade forte e muito clara no meu horizonte, na minha raiz, eu sei que a gente, quando sabe de si, se coloca com força para o mundo. E isso tem, isso, você não precisa do outro para se reconhecer, se validar”, respondeu ela.

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