O mundo da moda foi surpreendido nesta quinta-feira (4) com a morte de Giorgio Armani, um dos grandes ícones italianos, aos 91 anos. Considerado um dos homens mais ricos do mundo pela Forbes, Armani acumulava uma fortuna estimada em US$ 12,1 bilhões (aproximadamente R$ 65 bilhões).
O estilista construiu um verdadeiro império ao longo de cinco décadas, com investimentos que vão além da moda, incluindo perfumes, maquiagem, acessórios, design de interiores, imóveis, restaurantes e hotéis.
No cenário atual do luxo, dominado por conglomerados como a LVMH, proprietária da Louis Vuitton, e a Kering, controladora da Gucci, Armani foi um dos poucos estilistas a permanecer como único acionista de sua empresa.
Sem filhos, Giorgio Armani revelou que seu sucessor será Leo Dell’Orco, chefe de design masculino do grupo de luxo. Em recente entrevista ao Financial Times, o empresário afirmou que já vinha fazendo uma transição gradual de responsabilidades. “Gostaria que a sucessão fosse orgânica e não um momento de ruptura”, disse ele, garantindo que seu legado será preservado.
Atualmente, a marca fatura cerca de 2,3 bilhões de euros por ano (R$ 14,5 bilhões), e o patrimônio do estilista quase dobrou desde 2016, quando era estimado em US$ 6,1 bilhões.
Comunicado oficial
A confirmação da morte veio pela assessoria do Grupo Armani, que divulgou um comunicado oficial exaltando o legado do estilista:
“A Giorgio Armani é uma empresa com cinquenta anos de história, construída com emoção e paciência. Giorgio Armani sempre fez da independência — de pensamento e ação — sua marca registrada”, diz a nota.
“Ao longo dessa jornada, estabeleceu um diálogo aberto com o público, tornando-se uma figura querida e respeitada por sua capacidade de se conectar com todos. Sempre atento às necessidades da comunidade, atuou em diversas frentes, especialmente em apoio à sua amada Milão”, completou o grupo.
