O tradicional Festival de Jazz do Capão celebra 15 anos de existência com uma edição especial, marcada para os próximos dias 19 e 20 de setembro, a partir das 19h, no Circo do Capão, em Palmeiras. A programação é gratuita e inclui seis shows com artistas regionais, nacionais e um internacional, a Mostra Capão e a Mostra UFBA, formada por projeto selecionado na Escola de Música da UFBA. O público também poderá participar dos workshops “Dança Flamenca com El Mawi de Cádiz”, “Canto Flamenco com Antonio Lizana” e “Tambor vai chegar”, com Tedy Santana.
“Temos como premissa a defesa da inclusão social, a diminuição das desigualdades e o desenvolvimento sustentável. Vivemos tempos difíceis, onde uma parte considerável da humanidade tende para movimentos de isolamento, de exclusão e de violência ideológica. É importante estarmos conectados para não permitir que esse retrocesso civilizatório se torne irreversível. Sim, somos apenas um grão de areia, mas acreditamos nas micro revoluções e na construção de uma rede, forte como uma teia sob o temporal. Por isso, para 2025 temos o mote `Resistir, com Alegria e Arte`”, ressalta o idealizador e curador artístico, Rowney Scott.
A curadoria do evento segue com a proposta de trazer atrações inéditas, tentando abarcar a maior variedade possível de expressões artísticas. A abertura, no dia 19 de setembro, contará com o show da Mostra UFBA, trazendo o pianista, cantor, compositor e produtor cultural natural de Feira de Santana Tito Pereira, que apresenta composições do seu álbum “Alegria”. Na ocasião, ele estará acompanhado de Victor Brasil (bateria), Nino Bezerra (contrabaixo) e Davi Britto (trompete).
O segundo show da noite de sexta é da clarinetista, saxofonista e compositora carioca Joana Queiroz, que vem desenvolvendo uma personalidade musical própria ao longo de mais de 20 anos de carreira. Durante sua performance, ela irá unir composições de diversas fases da sua trajetória com momentos de improvisação livre e participações surpresa. Sua banda será formada por Sérgio Krakowski (pandeiro), Bruno Aguilar (baixo), Antonio Fischer-Band (teclado) e Marcos Santos (bateria).
Para fechar a primeira noite, quem sobe ao palco do FJC é o baterista, compositor Tedy Santana, que acumula mais de 30 anos de trajetória. No festival, o artista apresenta um show que coloca o samba no centro de uma experiência artística singular. Acompanhado pelo grupo formado por Alexandre Vieira (contrabaixo e voz), Bruno Aranha (teclado e sanfona), DJ Mangaio (manipulação sonora e efeitos), Mustafa (canto) e Nilton Azevedo (flauta, saxofone, clarinete), ele apresenta um repertório que mistura composições autorais, além de temas de artistas brasileiros e improvisações.
No sábado (20), o FJC recebe a Mostra Capão, que promoverá o encontro dos grupos Vozes de Raiz e Evapora. Criado no Vale do Capão em 2019, por Carolina Endi (voz, violão, sanfona, kalimba e percussão), Vozes de Raiz é um grupo musical feminino formado por Mai Sato (voz, harpa e rabeca), Ana Shanti (voz, violão e percussão) e Raquel Roriz (voz, pandeiro e efeitos), que aposta em arranjos de cantos tradicionais e sagrados dos povos originários e músicas medicinais autorais, inspiradas nas forças da natureza, no universo feminino e nas virtudes da alma. Já Evapora é um duo musical formado pela cantora baiana Raquel Roriz e pelo produtor musical chileno Pablo Molina. O projeto surgiu com a intenção de criar uma musicalidade própria que une experimentação sonora, ancestralidade e espiritualidade, com influências do Soul, Reggae e Afrobeat.
Também passarão pelo palco do FJC a cantora Luíza Britto e o Trio Cravo e Canela, com participação especial do guitarrista Tarcísio Santos, e o espanhol Antonio Lizana. Considerado uma referência da nova geração do flamenco, o jovem cantor, saxofonista e compositor já se apresentou em mais de 30 países e chega pela primeira vez no Brasil com o seu grupo formado por Josep Pou (piano), Arin Keshishi (baixo elétrico), Shayan Fathi (bateria) e El Mawi de Cádiz (canto e dança).
