Elevador da Glória: história do bondinho turístico de Lisboa que foi cenário de acidente fatal

Elevador da Glória: história do bondinho turístico de Lisboa que foi cenário de acidente fatal

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas

Arquivo Global Imagens

Publicado em 03/09/2025 às 18:42 / Leia em 2 minutos

O acidente desta quarta-feira (3), em Lisboa, com o Elevador da Glória, chamou a atenção do mundo para um dos símbolos mais conhecidos da capital portuguesa.

O bondinho, que descarrilou e deixou 15 mortos e 18 feridos, faz parte da lista de atrações históricas da cidade e é considerado passeio obrigatório para turistas que visitam a região.

Administrado pela Companhia Carris de Ferro, empresa municipal responsável pela rede de bondes da cidade, o Elevador da Glória opera na linha 51, ligando a Praça dos Restauradores, na Baixa, ao Miradouro de São Pedro de Alcântara, no Bairro Alto.

O trajeto, feito em poucos minutos, é conhecido pela inclinação acentuada e pela vista privilegiada do Castelo de São Jorge, um dos cartões-postais de Lisboa.

O funicular, inaugurado em 1885, é um dos três elevadores históricos ainda em funcionamento na capital portuguesa, ao lado do Ascensor da Bica e do Ascensor do Lavra. A Carris também administra o Elevador de Santa Justa, outro ponto turístico de destaque.

Originalmente importados dos Estados Unidos para substituir carruagens puxadas por cavalos, os bondes chegaram a ser o principal meio de transporte público em Lisboa.

Na década de 1950, a frota atingiu cerca de 500 veículos, mas, em 2019, restavam pouco mais de 60 em circulação. Hoje, os tradicionais elétricos amarelos, muitos deles cobertos por grafites, são parte fundamental da identidade visual da cidade.

O Elevador da Glória possui duas unidades, cada uma com capacidade para 22 passageiros sentados e 20 em pé. Segundo a Carris, o equipamento passou por reparação geral em 2022 e por manutenção periódica em 2024, além de inspeções semanais, mensais e diárias.

Em comunicado, a empresa afirmou que “foram respeitados todos os protocolos de manutenção” antes do acidente. Em maio de 2018, o Elevador da Glória já havia descarrilado, mas sem deixar vítimas.

Em outubro de 2023, o funicular completou 138 anos de operação. Na ocasião, a Carris celebrou o marco nas redes sociais lembrando que, desde 1885, o elevador transporta passageiros pela colina em apenas três minutos, um percurso que se tornou parte essencial da vida na cidade e da experiência de quem visita o local.

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