Defesas de Bolsonaro, Heleno, Braga Netto e Nogueira pedem absolvição no STF

Defesas de Bolsonaro, Heleno, Braga Netto e Nogueira pedem absolvição no STF

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Gustavo Moreno/STF

Publicado em 03/09/2025 às 21:38 / Leia em 2 minutos

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) ouviu, na manhã desta quarta-feira (3), as últimas sustentações orais das defesas dos oito réus do chamado Núcleo 1 da trama golpista, entre eles o ex-presidente Jair Bolsonaro e três ex-ministros militares: Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Walter Braga Netto.

Com a sessão de hoje, foi encerrada a etapa de alegações das defesas no julgamento da Ação Penal 2668, que apura a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. O processo será retomado na próxima terça-feira (9), às 9h, com o voto do relator, ministro Alexandre de Moraes.

Augusto Heleno

A defesa do ex-chefe do GSI, feita pelo advogado Matheus Mayer Milanez, pediu a absolvição, alegando nulidade de provas e dificuldades de acesso ao material reunido pela Polícia Federal. Ele afirmou que não há elementos que vinculem Heleno a qualquer articulação golpista ou aos atos de 8 de janeiro, e acusou a PF de manipular anotações de agenda para criar uma narrativa contra o general.

Jair Bolsonaro

O advogado Celso Sanchez Vilardi sustentou que houve cerceamento de defesa, criticando a falta de acesso integral às provas. Ele também questionou a credibilidade de Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, por supostas contradições em depoimentos. Segundo a defesa, o ex-presidente deu início à transição de governo, o que comprovaria não haver plano golpista. Outro defensor, Paulo Cunha Bueno, reforçou que os crimes apontados exigem atos concretos, não apenas intenções, e que Bolsonaro nunca iniciou protocolos de medidas de exceção.

Paulo Sérgio Nogueira

O advogado Andrew Fernandes Farias argumentou que o ex-ministro da Defesa sempre atuou para evitar medidas golpistas e aconselhou Bolsonaro a reconhecer o resultado eleitoral. Ele rebateu pontos da acusação, como a reunião de 5 de julho de 2022, tratada como “desabafo”, e o relatório das Forças Armadas sobre urnas, entregue dentro do prazo legal.

Walter Braga Netto

O advogado José Luís Oliveira Lima também alegou cerceamento de defesa e criticou irregularidades na delação de Mauro Cid, apontando ausência do Ministério Público nas negociações iniciais e falta de provas materiais. Segundo ele, as acusações contra Braga Netto se apoiam apenas em depoimentos frágeis e prints de mensagens supostamente adulterados.

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