Defesa de Bolsonaro afirma inexistência de provas no núcleo crucial da trama golpista

Defesa de Bolsonaro afirma inexistência de provas no núcleo crucial da trama golpista

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Antonio Dilson Neto

Gustavo Moreno/STF

Publicado em 03/09/2025 às 20:48 / Leia em 2 minutos

O segundo dia do julgamento do chamado núcleo crucial da trama golpista começou na manhã desta quarta-feira (3) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). A sessão ouviu a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de mais três aliados, enquanto o ex-presidente permanece em prisão domiciliar em Brasília.

O advogado de Bolsonaro, Celso Vilardi, afirmou que não há provas que envolvam o ex-presidente na investigação sobre a tentativa de golpe. “Não há uma única prova que atrele o presidente ao Punhal Verde-amarelo, à Operação Luneta ou ao 8 de Janeiro”, disse. A defesa destacou que Bolsonaro não pode ser enquadrado nos cinco crimes atribuídos aos réus: golpe de estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, que somam 43 anos de prisão.

Bolsonaro não compareceu à sessão. Entre os réus, o ex-ministro Walter Braga Netto permanece preso na primeira divisão do Exército no Rio de Janeiro, acusado de atrapalhar investigações da Polícia Federal. A defesa contestou as acusações, classificando como “delação mentirosa de Mauro Cid” o principal elemento apresentado contra Braga Netto.

As defesas dos ex-ministros Augusto Heleno e Paulo Sérgio Nogueira também tentaram descolar seus clientes de Bolsonaro, buscando reduzir a ligação deles com o núcleo da trama.

O julgamento será retomado na próxima terça-feira (9), com sessões pela manhã e à tarde, e seguirá na quarta-feira (10) e, se necessário, na sexta-feira (12). Após a análise dos fatos, os ministros darão seus votos: começando por Alexandre de Moraes, relator da ação penal, seguidos por Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin.

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