Em tempos de superexposição, os homens e mulheres mais ricos do Brasil optam pelo luxo do silêncio digital. Um levantamento exclusivo revela como os bilionários do país estão (ou não estão) nas redes sociais — e mostra que, para eles, estar offline é o novo símbolo de poder.
Na era dos influenciadores digitais, em que cada clique pode virar negócio, os maiores bilionários do Brasil seguem por um caminho oposto: o da discrição extrema. Analisamos os perfis sociais dos 10 brasileiros mais ricos, segundo a lista Forbes 2025, e o padrão é claro: menos é mais. Ou, em muitos casos, nada é tudo.
Essa tendência acompanha o movimento global conhecido como “quiet luxury” — ou “luxo silencioso” —, que ganhou força a partir de 2023. No início, era apenas um estilo de vestir: roupas de altíssima qualidade, cortes impecáveis e zero logomania. Hoje, é um estilo de vida. E estar offline é parte essencial dele.
Desconectar virou um novo privilégio. Enquanto a maioria das pessoas busca visibilidade e conexão constante, a elite bilionária cultiva o oposto: anonimato, escassez de informação e silêncio digital.
O mais rico (e mais presente nas redes)
Eduardo Saverin, cofundador do Facebook, é o brasileiro mais rico em 2025, com fortuna estimada em R$ 227 bilhões. Ironicamente, é também o mais ativo digitalmente da lista — embora dentro de um padrão ainda bastante discreto.
- Instagram: Apenas 2 publicações desde 2013. Última atividade: repost de uma foto com Vini Jr., há 19 semanas.
- X (ex-Twitter): Entrou em 2009. Raramente posta; prefere reposts. Última postagem autoral: 2019.
- Facebook: Sua rede mais “pessoal”, mas inativa desde 2020. Lá constam fotos da família, histórico educacional e casamento.
Os invisíveis digitais
Na lista dos dez maiores bilionários, seis são completamente ausentes das redes sociais. Nenhum perfil público, pessoal ou profissional:
- Vicky Sarfati Safra (R$ 120,5 bi)
- Fernando Roberto Moreira Salles (R$ 40,2 bi) – Aparece apenas no perfil do Instituto Moreira Salles
- Pedro Moreira Salles (R$ 38 bi) – Também restrito ao Instituto
- Miguel Gellert Krigsner (R$ 34,2 bi)
- Alexandre Behring da Costa (R$ 31 bi)
- Jorge Neval Moll Filho (R$ 30,4 bi)
Os minimalistas digitais
Outros nomes da lista têm alguma presença, mas bem pontual, controlada ou até “protocolar”:
- Jorge Paulo Lemann (R$ 88 bi): Menos de 6 mil seguidores no Instagram, sem postagens recentes. Última no X foi em 2019; Facebook inativo desde 2021. Nunca compartilha vida pessoal.
- André Santos Esteves (R$ 51 bi): Um único post no Instagram — e o perfil é operado pelo BTG Pactual. Nenhum outro canal ativo.
- Carlos Alberto da Veiga Sicupira (R$ 39,1 bi): Possui suposto perfil privado no Instagram com apenas 10 seguidores.
Offline é o novo luxo
Mais do que estratégia de imagem, o sumiço digital dos bilionários é um reflexo de estilo de vida. Em 2025, estar desconectado virou símbolo de status: é seletivo, é exclusivo, é silencioso — e para poucos.
