A influenciadora Mari Gonzalez deu início ao processo de congelamento de óvulos em junho deste ano, marcando um momento de mais autonomia e planejamento da maternidade. O procedimento, que vem ganhando popularidade entre mulheres que desejam adiar a gestação, garante maior preservação da fertilidade e pode ser realizado em qualquer fase da vida reprodutiva.
Segundo dados do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio), da Anvisa, foram congelados 115.318 embriões no país em 2023, mostrando o crescimento da procura por técnicas de preservação reprodutiva.
Para entender melhor o assunto, o Alô Alô Bahia conversou com a ginecologista e obstetra Fabiane Gama, que explicou como funciona o procedimento, trazendo orientações importantes para quem deseja passar pelo mesmo
“O congelamento de óvulos tem sido bem comum mulheres buscarem o congelamento de óvulos como uma forma de preservar a fertilidade. O processo envolve a estimulação dos ovários com hormônios para produzir múltiplos óvulos, que depois são coletados por punção guiada por ultrassom. Esses óvulos são então congelados em laboratório por uma técnica chamada vitrificação, podendo ser utilizados futuramente em um tratamento de fertilização in vitro“, disse.
Apesar da tecnologia avançada, Fabiane alerta que o procedimento não garante gravidez futura. “Não há garantia de gravidez futura, pois isso depende de vários fatores, como idade no momento do congelamento e saúde reprodutiva da paciente”, avisa.
Além disso, o procedimento também pode causar efeitos colaterais leves, apesar de ser considerado bastante seguro. Entre eles, inchaço, sensibilidade nas mamas, alterações de humor e desconforto abdominal. Em casos raros, pode ocorrer síndrome de hiperestímulo ovariano, que provoca dor e retenção de líquidos. Já os riscos da coleta incluem sangramento ou infecção, porém são considerados baixos.
Quanto ao investimento, os valores variam de acordo com profissionais, técnicas e regiões, podendo oscilar entre R$ 10 mil e R$ 30 mil.
