O Museu do Recôncavo Wanderley Pinho, localizado no distrito de Caboto, em Candeias, está prestes a ser inaugurado após passar por uma ampla requalificação. O espaço, que ocupa um conjunto arquitetônico do século XVII, irá integrar um novo roteiro turístico na Baía de Todos-os-Santos, promovido pela Secretaria de Turismo do Estado da Bahia (Setur-BA).
Na última quarta-feira (27), vinte agentes de viagens foram convidados pela Setur-BA para uma visita técnica ao museu. O objetivo foi apresentar a nova estrutura e reunir subsídios para criação de roteiros que incluam o equipamento, ampliando a oferta de experiências na região.
Com investimento de quase R$ 42 milhões, por meio do Prodetur, com financiamento do BID, o museu passou por obras estruturais, recuperação do acervo histórico e ganhou um novo atracadouro, que permite o acesso por via marítima. O local contará com receptivo náutico, restaurante, lojas, espaço para eventos, exposições e áreas de descanso.
“Está tudo preparado. Todas as exposições já estão montadas e contamos com a infraestrutura necessária para receber turistas, seja por estrada ou usando barco”, explicou Daniela Steele, coordenadora do museu.

Museu do Recôncavo Wanderley Pinho – Foto: Elias Dantas / Alô Alô Bahia
O acervo reúne mais de 200 peças e achados arqueológicos ligados ao Ciclo do Açúcar e é administrado pelo Ipac. Os visitantes poderão escolher entre três roteiros: um geral (pela área externa), um histórico e um temático (voltado às exposições temporárias).
Agentes de turismo destacaram o potencial do novo atrativo.
“O museu abre uma oportunidade rara de combinar turismo náutico com história e cultura”, avaliou o agente Ângelo Rangel.
Já Norbert Leitsch propôs a inclusão do espaço em roteiros de cruzeiros que atracam em Salvador, com visita também à comunidade quilombola local.

Museu do Recôncavo Wanderley Pinho – Foto: Elias Dantas / Alô Alô Bahia
O casarão onde o museu está instalado foi residência do capitão-mor Cristóvão da Rocha Pita, no antigo Engenho Freguesia. Tombado pelo Iphan desde 1944, o imóvel foi adquirido pelo Estado em 1968 e restaurado entre 1970 e 1971, quando passou a sediar o Museu do Recôncavo.