A Justiça da Itália decidiu nesta quinta-feira (28) que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) seguirá em regime fechado até a conclusão do processo de extradição para o Brasil.
A Corte de Apelação de Roma rejeitou o pedido da defesa por liberdade ou prisão domiciliar, alegando risco de fuga. No despacho, os juízes lembraram que a parlamentar está na Itália desde junho, foi localizada escondida e chegou a declarar que mudaria de casa para não ser encontrada.
Além disso, a análise dos laudos médicos concluiu que Zambelli tem condições de permanecer presa.
Condenação no STF
Zambelli foi condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão em regime fechado, além da perda do mandato e da inelegibilidade. A decisão foi unânime na Primeira Turma do STF, composta pelos ministros Alexandre de Moraes (relator), Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.
A deputada foi considerada culpada por ordenar que o hacker Walter Delgatti invadisse o sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para inserir documentos falsos, incluindo um suposto mandado de prisão contra Moraes.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), a ação tinha como objetivo “colocar em dúvida a legitimidade da Justiça” e fomentar atos contra as instituições republicanas.
Delgatti, que já cumpre prisão preventiva, recebeu pena de oito anos e três meses de prisão.