Desde o início do ano, ao menos oito pessoas já foram presas por cobrar valores ‘abusivos’ em pinturas corporais em pontos turísticos da capital baiana. Na última segunda-feira (25), duas mulheres foram detidas após serem acusadas de extorquir duas turistas do Pará com a cobrança de R$ 400 pelas pinturas feitas sem consentimento das vítimas.
Elas foram localizadas no Largo do Terreiro de Jesus, no Centro Histórico de Salvador. Segundo as paraenses, as duas mulheres se apresentaram como pintoras tribais e fizeram a pintura em seus corpo sem qualquer autorização prévia. Após a pintura, elas exigiram o pagamento de R$ 200 por cada pintura. Policiais militares do 18º Batalhão conduziram as duas para a Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deltur).
Cerca de 20 dias antes, no dia 5 de agosto, um homem foi preso na região do Farol da Barra, depois que uma turista acionou policiais militares, que faziam rondas no bairro, e denunciou a cobrança de R$ 130 pelo serviço.
Na mesma região, em fevereiro, quatro homens, que também se apresentaram como pintores tribais, foram presos após coagir e cobrar mais de R$ 100 para um casal de turistas mexicanos. Na ocasião, os homens ainda roubaram R$ 200 das vítimas e uma pulseira no valor de quarenta dólares, conforme indicado pela Polícia Militar.
Segundo a corporação, a quadrilha agia na chegada dos visitantes aos pontos turístico e cercavam as vítimas. Eles operavam amedrontando os turistas para, na sequência, extorqui-los com a cobrança de R$ 100 para cada pintura no braço e R$ 70 para os desenhos na perna. O caso foi registrado no dia 25.
No Largo do Farol da Barra, um outro homem já havia sido preso no dia 7 do mesmo mês. Na ocasião, ele exigiu a cobrança de R$ 250 por pinturas corporais em turistas de Santa Catarina. Mãe e filho, de 66 e 35 anos, foram abordados pelo homem, que não informou o valor do serviço.
Após serem pintados, sem o consentimento, eles foram coagidos a pagar os R$ 250 em dinheiro e foram segurados de forma agressiva.
O CORREIO solicitou o número de registros oficiais de pessoas presas em Salvador por suspeitas de extorsão na cobrança de pinturas corporais à Polícia Civil, que informou que não possui recorte específico dos dados.
O que fazer nesses casos?
Casos como estes podem ser denunciados de forma imediata por meio do telefone 190 ou do Disque Denúncia (181), para que equipes da Polícia Militar possam ser acionadas com rapidez.
Além do Disk Denúncia, é possível buscar policiais militares nas ruas e relatar o ocorrido. Os casos deste tipo são registrados junto à unidade da Polícia Civil que atende à região.