O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou nesta quarta-feira (27) o decreto que regulamenta a TV 3.0, também chamada de DTV+. A nova tecnologia promete transformar a forma de assistir à TV aberta no Brasil, com imagem de altíssima definição, som de cinema e recursos de interatividade em tempo real, aproximando a experiência da atual realidade dos serviços de streaming.
Segundo o governo, as transmissões devem ter início no primeiro semestre de 2026, começando pelas grandes capitais. A expansão para todo o território nacional, no entanto, deve levar entre 10 e 15 anos, em um processo de transição gradual.
Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de assinatura do decreto de implantação da TV 3.0. Palácio do Planalto – Brasília (DF) Foto: Ricardo Stuckert / PR
“Será uma migração escalonada a partir das grandes capitais, com período de convivência entre o sinal digital atual e o da TV 3.0”, explicou o ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho.
Desafios
As associações de radiodifusão também destacaram a importância de políticas públicas para garantir que famílias de baixa renda possam ter acesso aos novos receptores. Márcio Novaes, presidente da Abratel, lembrou ainda que a tecnologia permitirá assistir à TV aberta em celulares, de forma gratuita e sem consumir dados móveis.
Para o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Sidônio Palmeira, o avanço também está ligado à soberania nacional. “As empresas que quiserem atuar no Brasil serão bem-vindas, desde que respeitem a legislação local. Os canais de TV aberta devem ter o mesmo destaque que os demais”, afirmou.
