Um novo método cirúrgico desenvolvido no Brasil tem chamado atenção da comunidade médica internacional por seu potencial de reconstrução e aumento do pênis. Batizada de mobilização total dos corpos cavernosos (TCM), a técnica foi criada pelo urologista baiano Ubirajara Barroso Jr., professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e já apresenta resultados promissores em pacientes com alterações genitais importantes.
Segundo estudo recém-publicado em periódico científico internacional, a técnica permitiu um ganho de 3 a 8 centímetros no comprimento peniano, além de melhorias na aparência e na funcionalidade do órgão. A análise, apresentada no último congresso mundial de urologia realizado na Bélgica, avaliou 15 pacientes submetidos ao procedimento desde 2022.
A TCM se diferencia por liberar os corpos cavernosos do osso púbico, o que viabiliza um alongamento mais eficaz do pênis — ao contrário de abordagens convencionais que mantêm parte do órgão fixada internamente. A inovação, de acordo com Barroso Jr., representa um avanço nas estratégias de reconstrução genital masculina.
O método tem sido indicado principalmente para homens com micropênis, malformações congênitas ou que sofreram amputações do órgão devido a traumas ou câncer. Em grande parte dos casos analisados, os pacientes relataram melhora na autoestima, na vida sexual e na capacidade de penetração. Em duas situações, foi necessário um enxerto complementar para corrigir dificuldades persistentes.
Apesar dos bons resultados, o médico ressalta que a TCM ainda é considerada uma técnica experimental e seu uso está restrito a casos clínicos específicos. “É uma abordagem promissora para restaurar a anatomia e a funcionalidade do pênis, mas precisamos de mais estudos com maior número de pacientes e acompanhamento prolongado”, avalia Barroso Jr.