Ceramista de Maragogipinho, Almir Lemos leva arte baiana à SP–Arte Rotas 2025

Ceramista de Maragogipinho, Almir Lemos leva arte baiana à SP–Arte Rotas 2025

Redação Alô Alô Bahia

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Publicado em 25/08/2025 às 14:57 / Leia em 2 minutos

Maragogipinho, povoado com pouco mais de 3 mil habitantes em Aratuípe, no poético Recôncavo Baiano, guarda um dos maiores tesouros da arte popular brasileira: a cerâmica. Com cerca de 200 olarias, o local abriga o maior polo cerâmico da América Latina, moldado há gerações pelos saberes afro-indígenas.

Nesse cenário de barro, tradição e resistência, desponta o mestre Almir Lemos, artista que transforma argila em poesia. Reconhecido pela artista plástica Adriana Varejão, que visitou Maragogipinho e se encantou com sua obra, Almir foi descrito como “um artista da cerâmica muito sensível, extremamente sofisticado e comprometido com sua pequena produção”.

Agora, Almir se prepara para um novo capítulo: ele será destaque no estande da galeria baiana Paulo Darzé durante a SP–Arte Rotas 2025, que acontece entre os dias 28 e 31 de agosto, na ARCA-SP, em São Paulo.

“No meu caso, o barro é bruto, não tem como eu direcionar. Por isso que as peças sempre são únicas, porque é o barro que direciona, eu sou apenas o condutor”, afirma o artista.

Cerâmica como herança viva

Em Maragogipinho, a cerâmica vai muito além do artesanato. É um legado ancestral dividido entre funções específicas e coletivas: os barreiros buscam o melhor material; os amassadores pisam o barro; os empeladores moldam as formas; e os mestres ceramistas dão vida à peça. O processo termina nas mãos das brunideiras, que polem e pintam as obras antes da queima.

Almir Lemos é um desses condutores da memória. Suas peças falam de território, história e pertencimento. Agora, vão dialogar com o grande público do circuito nacional de arte contemporânea.

 

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