A ideia começou na França e se expandiu a outros países. Que tal ajudar a cobrir os gastos com a festa de casamento convidando estranhos à celebração? A pergunta pode parecer ofensiva para os mais puristas, que desejam estar perto apenas de pessoas “especiais” no grande dia, mas muitos estão respondendo “sim” a ela. As informações são de Fernando Moreira, na coluna Page Not Found, no Jornal Extra.
Katia Lekarski fundou a Invitin no início deste ano. Ela alugou a sua casa, no sudeste da França, para algumas pessoas que iriam a um casamento. Sua filha de 5 anos perguntou: “Por que não somos convidados para casamentos também?”. Foi aí que Katia se deu conta de que devia haver muitas pessoas que não eram convidadas para casamentos com a frequência que gostariam. E surgiu a empresa que oferece esse tipo de serviço: “ingressos” para casamentos de estranhos.
Os clientes começaram a se apresentar. “Não tenho uma família grande, então não vou a muitos casamentos. É ótimo poder vivenciar um casamento e tradições diferentes”, disse Laurène, que comprou um pacote matrimonial da Invitin sem ter ideia de quem eram os noivos.
A maioria aceita vender “ingressos” a estranhos pelo dinheiro, afinal uma festa de casamento custa caro. Mas há os que contratam o serviço para emergir numa experiência diferente. Como Jenniffer e Paulo, que toparam acrescentar desconhecidos à lista de 100 convidados, entre parentes e amigos, para o casamento dele. A Invitin cobra entre 150 (R$ 950) e 400 euros (R$ 2.540) por “penetra oficial” em casamentos, que são realizados até em castelos.
A novidade cruzou fronteiras. Na Itália, uma empresa está cobrando até 5 mil euros (cerca de R$ 32 mil) para participar de casamentos tradicionais como uma espécie de experiência de imersão no luxo. A Wedding Privè, startup fundada por Davide Genovesi e Luca Manelli, tem como público-alvo turistas ricos interessados em experiências exclusivas em cenários “de cinema” na Itália.
Os criadores da empresa contaram que, no início, os noivos torciam um pouco o nariz para a experiência invasiva. Com o tempo, a ideia foi se popularizando e se revelando vantajosa para todos. Obviamente, com os devidos cuidados.
“Os convidados internacionais, aliás, são acompanhados por uma espécie de guia que traduz e explica em tempo real o que está acontecendo, mas que também garante a segurança dos noivos para proteger e preservar o seu dia especial de qualquer inconveniente”, explicou Davide ao site “Si Viaggia”.
