As mulheres representavam 52,0% da população baiana em 2024. Em números absolutos, significa que somavam 7,715 milhões de pessoas. Enquanto no mesmo período o número de homens no estado se manteve estável quando comparado a 2023, em 7,115 milhões, o de mulheres cresceu 0,3% (mais 22 mil mulheres). Isto é, elas foram as únicas responsáveis por todo o crescimento populacional baiano, de um ano para outro. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) 2024, que o IBGE divulgou nesta sexta-feira (22).
Os dados foram divulgados hoje (22/08/25) pelo IBGE.
Já quando comparado a 2012, quando representavam 51,3% da população, a participação feminina no total de habitantes da Bahia se ampliou, a reboque de um crescimento de 5,4% no número de mulheres no estado (mais 393 mil), mais do que o dobro do registrado entre os homens, cujo contingente cresceu 2,3% entre 2012 e 2024 (mais 163 mil).
Em 2024, a participação feminina na população baiana (52,0%) era maior do que no Brasil como um todo, onde as mulheres representavam 51,2% dos habitantes, e a 5ª maior entre as 27 unidades da Federação, abaixo de Rio de Janeiro (52,9%), Pernambuco (52,7%), Sergipe (52,3%) e Alagoas (52,2%). Frente a 2023, quando estava em 7º lugar, a Bahia subiu duas posições no ranking dos estados mais femininos. Em 2012, a Bahia ocupava a 8ª posição.
Mais do que o crescimento número, a pesquisa do IBGE também mostrou que elas aumentaram as responsabilidades nos domicílios nesse período. Em 2024, a chefia feminina dos domicílios baianos seguiu avançando, e as mulheres eram responsáveis por 53,7% ou 2,959 milhões das 5,513 milhões de residências no estado. A proporção era superior à nacional (51,9% dos domicílios brasileiros tinham chefia feminina) e a 9ª maior entre as unidades da Federação.
No ano passado, as mulheres eram as responsáveis pela maioria dos domicílios em 22 dos 27 estados, com os maiores percentuais registrados em Pernambuco (58,8%), Maranhão (58,4%) e Sergipe (57,7%). Por outro lado, Minas Gerais (46,9%), Santa Catarina (47,8%), Rondônia (49,5%) e Pará (49,5%) tinham os menores. A Bahia tinha, em 2024, a 9ª maior proporção de domicílios sob responsabilidade de uma mulher e subiu três posições nesse ranking, frente à 12ª posição ocupada em 2023, quando a chefia feminina estava presente em 53,3% das residências. Em um ano, 91 mil domicílios passaram a ter uma mulher como responsável, no estado.
Em 2024, 4 em cada 10 mulheres baianas eram responsáveis pelos domicílios em que viviam: 38,4% ou 2,959 milhões de um total de 7,715 milhões de mulheres que moravam no estado. Frente ao início da série histórica da PNADC, em 2012, quando havia 1,706 milhão de mulheres responsáveis por domicílios, na Bahia, esse grupo aumentou 73,4% (mais 1,253 milhão de mulheres chefes dos domicílios em 12 anos).
Entre 2012 e 2024, a condição de responsável pelo domicílio foi a única que cresceu, entre as mulheres, na Bahia, tornando-se largamente predominante. Nesse período, o número de mulheres apontadas nas residências como cônjuges ou companheiras caiu 24,2% (de 2,163 milhões para 1,639 milhão); e o total de mulheres apontadas, nos domicílios, como filhas ou enteadas recuou 11,8% (de 2,602 milhões para 2,294 milhões, correspondendo a 29,7% das mulheres, em 2024).