A empresa 3D Minerals, criada há menos de dois anos em Belo Horizonte, surpreendeu ao garantir o direito de pesquisa em 116 áreas de minerais críticos em todo o Brasil, totalizando 6,4 mil km². Entre os estados contemplados, a Bahia foi destaque, com 22 áreas arrematadas, reforçando a importância do estado no cenário da mineração nacional.
O leilão, realizado pela Agência Nacional de Mineração (ANM), teve como foco minerais estratégicos para as cadeias globais de tecnologia, defesa e energia. A 3D Minerals garantiu a pesquisa em 101 áreas de cobre, 13 de níquel e duas de tântalo. O investimento total da empresa foi de R$ 54,8 milhões, concentrando a maior parte das áreas em Mato Grosso (61), seguido pela Bahia e outros estados como Pará, Goiás, Paraíba, Roraima e Rondônia.
Apesar do amplo volume de áreas conquistadas, a 3D Minerals é uma companhia recente, com capital social inicial de apenas R$ 5 mil e sem histórico no setor. O endereço da empresa em Belo Horizonte abriga outras companhias ligadas à família Wanderley, sócia da 3D Minerals.
A legislação prevê que a empresa detenha o controle das áreas por pelo menos quatro anos, com possibilidade de prorrogação e transferência dos direitos a terceiros, movimentando um setor estratégico para o desenvolvimento econômico da Bahia e do Brasil.