A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou nesta quinta-feira (21) que cumprirá o prazo de 48 horas dado pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para prestar esclarecimentos sobre o suposto descumprimento de medidas cautelares e o risco de fuga apontado pela Polícia Federal.
O prazo termina na noite de sexta-feira (22).
Na véspera, a PF indiciou Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por coação a autoridades envolvidas na ação penal do golpe de Estado e por tentativa de abolição do Estado democrático de direito.
Em nota, os advogados do ex-presidente disseram receber com “surpresa” o indiciamento e afirmaram que Bolsonaro “jamais descumpriu qualquer medida cautelar” determinada pelo STF.
Risco de asilo
Na decisão, Moraes citou a existência de um rascunho de pedido de asilo político na Argentina, produzido em fevereiro de 2024, poucos dias após operação de busca e apreensão contra o ex-presidente. Para o ministro, o documento indica a possibilidade de evasão do território nacional.
“Os elementos de prova obtidos pela Polícia Federal indicam que Jair Bolsonaro tinha posse de documento destinado a possibilitar sua evasão”, registrou Moraes.