Cela já está pronta para eventual prisão de Jair Bolsonaro

Cela já está pronta para eventual prisão de Jair Bolsonaro

Redação Alô Alô Bahia

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Gustavo Moreno/STF

Publicado em 21/08/2025 às 14:46 / Leia em 2 minutos

A Polícia Federal (PF) já dispõe de um espaço reservado para uma eventual prisão em regime fechado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que atualmente cumpre recolhimento domiciliar. A sala especial foi adaptada no prédio da Superintendência da corporação em Brasília, no Setor Policial Sul.

Segundo a CNN Brasil, o ambiente fica no térreo da unidade e foi estruturado para receber autoridades em custódia. Apesar de ser chamado internamente de “cela de Bolsonaro”, o local não foi montado exclusivamente para ele. Trata-se de uma sala com banheiro privativo, cama, mesa, cadeira e televisão, semelhante à que abrigou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em Curitiba, entre 2018 e 2019.

Juristas lembram que ex-presidentes têm direito a condições diferenciadas em caso de prisão. Fernando Collor de Mello, por exemplo, chegou a ser detido em uma sala especial em Maceió, que funcionava como gabinete do diretor de um presídio estadual.

Delegados ouvidos sob reserva explicam que o espaço em Brasília foi preparado há mais de três meses, por determinação da cúpula da PF em conjunto com a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal. A medida visava assegurar que houvesse uma instalação adequada, caso fosse necessário custodiar Bolsonaro ou outra autoridade.

A definição sobre onde ele ficaria, no entanto, dependeria de decisão judicial. Entre as opções avaliadas, além da sala na PF, estão unidades militares — por Bolsonaro ser do Exército — ou dependências da Polícia Militar do DF, como ocorreu no caso do ex-ministro Anderson Torres.

Na quarta-feira (20), Bolsonaro foi indiciado em mais um inquérito da PF, acusado de coação no curso do processo e de atuar contra o Estado Democrático de Direito. A investigação aponta que ele e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) buscaram interferir em decisões da Justiça brasileira e estimularam pressão internacional, especialmente junto aos Estados Unidos, no contexto do processo sobre a tentativa de golpe de Estado.

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