Nos últimos meses, muitas marcas estrearam no mercado brasileiro. Entre elas, GAC, Geely, Zeekr, Omoda e Jaecoo – todas oriundas da China. Mas também houve despedidas, como as da Seres e da Neta. As duas chinesas ofereceram apenas carros elétricos e acabaram com experiências malsucedidas.
Curiosamente, o Grupo Geely, de origem chinesa, é dono da sueca Volvo Cars – que, por sua vez, estreou no Brasil por meio do Premier Automotive Group, da Ford. Hoje, porém, a Volvo opera de forma independente no país, assim como a Zeekr, outra marca pertencente à Geely. A Lynk & Co, também do grupo, deve chegar em breve. Já a marca Geely propriamente dita voltou ao mercado brasileiro em parceria com a francesa Renault.
Lynk & Co também terá uma operação separada das outras empresas do grupo. Fundada em 2016, a companhia tem como proposta oferecer veículos conectados, com design arrojado e foco em tecnologia. Enquanto a Zeekr tem só elétricos, a Lynk & Co trabalha com híbridos, inclusive plug-in.
Outro gigante chines, o Grupo Chery segue um esquema similar ao do Grupo Geely. Apesar da parceria da marca homônima com a Caoa, Omoda e Jaecoo chegaram de forma independente, assim como vai acontecer com a Jetour. Essa montadora é segmentada em SUVs luxuosos, com visual semelhante aos da Land Rover e Jeep. A motorização é sempre híbrida plug-in.
A Caoa quer ampliar sua presença no país e fez um acordo para importação da Avatr, que terá rede de representantes própria. A marca é fruto de uma parceria entre as chinesas Changan, CATL (líder em baterias) e Huawei, o primeiro modelo a ser lançado será o SUV elétrico Avatr 11.
Já a britânica MG Motors está retornando ao Brasil sob o comando da SAIC, gigante chinesa do setor automotivo. A marca já havia operado no país entre 2011 e 2013, mas agora retorna com uma operação própria. Dois modelos já foram vistos em testes no Brasil: o SUV elétrico ES5 e o hatch elétrico MG4. Desde 2007, a MG é controlada pela SAIC.
Junção de forças
Há 100 anos no Brasil, a General Motors só atuou por aqui com a Chevrolet, mas está preparando a estreia da Cadillac. A chegada da marca premium americana está prevista para os próximos meses e será focada em veículos elétricos. Inicialmente, estão cotados para o mercado brasileiro o Lyriq e o Optiq, dois SUVs. Globalmente, a Cadillac é a empresa que tem mais recebido atenção da GM, que a escolheu para representá-la na Fórmula 1 a partir do que vem.
Apesar de o nome Stellantis ser recente, o grupo formado pela fusão da FCA com a PSA atua no Brasil há décadas com marcas como Fiat e Peugeot. E, desta vez, vai agregar ao seu portfólio, a partir de outubro, a Leapmotor. Fundada em 2015, a companhia chinesa fez um acordo no ano passado com a Stellantis para sua expansão fora do seu país de origem.
Dessa forma, o fabricante chinês terá um grande diferencial em relação às suas compatriotas que possuem interesse no consumidor brasileiro. Ela irá se beneficiar em diversos níveis da experiência do grupo, desde a distribuição, passando pelo marketing e pela comercialização. Os primeiros produtos já foram definidos, os SUVs B10 e C10.
Elétricos, eles vão usar o sistema REEV. Ou seja, há um motor a combustão projetado exclusivamente para gerar eletricidade, usada para mover o carro por meio de um motor elétrico ou para recarregar as baterias.