O nome de Marília Mendonça, eterna rainha da sofrência, segue rendendo polêmica. Desta vez, Wander Oliveira, ex-empresário da cantora, revelou que um pen drive com gravações inéditas da artista tem sido motivo de disputa nos bastidores.
O material, segundo ele, pode render lançamentos pelos próximos 20 anos para a Som Livre, gravadora responsável pela obra da sertaneja.
A revelação foi feita em entrevista ao podcast do G1, comandado pela jornalista Carol Prado. Durante a conversa, Wander afirmou que não concorda com a ideia de lançamentos póstumos e defendeu que o pen drive deveria ser entregue a Léo, filho de Marília com o cantor Murilo Huff.
“Para mim, o pen drive pertence ao Léo. Eu gostaria que fosse entregue para ele. Ficou entendido que seria doado para o espólio, mas semanas depois, o advogado da família estava negociando com gravadoras”, afirmou Wander.
O material em questão reúne 110 arquivos entre rascunhos, gravações em voz e violão e registros íntimos de composição. A organização foi feita por Juliano Soares, o Tchula, melhor amigo e parceiro de composições de Marília.
Apesar da posição do ex-empresário, os lançamentos fazem parte de um contrato assinado pela própria cantora em 2019, que garante à Som Livre o direito de explorar comercialmente toda a sua obra.
O advogado da família, Robson Cunha, confirmou negociações com a gravadora, mas negou qualquer acordo para entregar o material a Léo. “Tudo que foi produzido por Marília Mendonça pertence à Som Livre, por conta do contrato firmado em 2019. O Murilo, obrigatoriamente, precisa assinar todos os contratos que envolvem o Léo, o que ainda não aconteceu. Mas eu acredito que em breve deve acontecer”, disse.
A disputa em torno do material surge meses após o lançamento de “De Quem É a Culpa?”, parceria póstuma entre Marília Mendonça e Cristiano Araújo, sertanejo que faleceu em 2015. A faixa dividiu opiniões e não foi bem recebida por parte dos fãs da artista.