Um empresário de 29 anos registrou um boletim de ocorrência após relatar ter sido agredido dentro de uma casa noturna na Rua Canuto do Val, no bairro de Santa Cecília, na capital paulista. O episódio teria ocorrido na madrugada do último domingo (17), por volta das 2h.
De acordo com o relato da vítima, Donizete Oliveira, a situação iniciou-se quando ele tentava deixar o karaokê Siga La Vaca, local que estava superlotado. Oliveira afirmou que permaneceu no estabelecimento por aproximadamente meia hora para uma celebração de aniversário. Ao decidir sair, deparou-se com uma fila extensa no caixa único que estava operante e, por estar se sentindo mal, solicitou permissão para aguardar do lado de fora.
“O espaço estava totalmente lotado, com apenas um caixa aberto. Comecei a passar mal e pedi ajuda aos funcionários para conseguir sair mais rápido”, disse Donizete Oliveira em publicação em redes sociais. Ele enfatizou que o pedido foi feito de forma educada e sem a intenção de furar a fila.
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Segundo seu depoimento, a resposta ao seu pedido foi um soco desferido por um indivíduo não identificado. A situação escalonou rapidamente. “Seguranças e funcionários, que deveriam proteger os clientes, se juntaram e passaram a me agredir brutalmente: socos, empurrões, chutes, inclusive na cabeça, quando eu já estava caído no chão”, afirmou.
Em nota, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) confirmou a agressão a dois homens, de 29 e 26 anos, dentro do estabelecimento. De acordo com a versão oficial, “a confusão começou após um desentendimento na fila do caixa quando um dos frequentadores, de 29 anos, pediu para pagar a conta na frente dos demais clientes, alegando estar passando mal”. A pasta informou que ele foi agredido com um soco por outro cliente e, posteriormente, também por uma funcionária, e que os seguranças intervieram agredindo os dois homens.
Oliveira também relatou que seu namorado e outras pessoas que tentaram intervir foram hostilizados. Após conseguir sair do local, disse ter sido auxiliado por uma mulher que testemunhou o ocorrido. “Ela me disse: ‘Eu vi o que aconteceu, eles nos batem só por sermos quem somos’. Logo depois, outra pessoa me alertou para sair correndo porque eles estavam armados”, relatou. Em sua declaração, o empresário acrescentou: “Eu acho que eles odeiam qualquer pessoa que seja diferente”.
O caso foi registrado como lesão corporal no 2º Distrito Policial (Bom Retiro). As vítimas receberam requisições para exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML). A nota da SSP também menciona que uma funcionária de 20 anos afirmou ter sido agredida com um tapa no rosto por um cliente de 39 anos, que negou a agressão e alegou ter sido um contato acidental.
Oliveira declarou que irá buscar imagens de câmeras de segurança para intentar ações judiciais contra os responsáveis. “Eu poderia ter perdido a minha vida por besteira. Ninguém merece ser espancado simplesmente por nada”, escreveu.