Cais da Cidade Baixa é reconhecido como Lugar de Memória dos Africanos Escravizados no Brasil

Cais da Cidade Baixa é reconhecido como Lugar de Memória dos Africanos Escravizados no Brasil

Redação Alô Alô Bahia

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Publicado em 19/08/2025 às 15:30 / Leia em 2 minutos

O Cais da Cidade Baixa, localizado no bairro do Comércio, em Salvador, foi reconhecido oficialmente como um dos “Lugares de Memória dos Africanos Escravizados no Brasil”. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (18), durante cerimônia no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), no centro da capital baiana.

A iniciativa faz parte do projeto nacional “Sinalização e Reconhecimento de Lugares de Memória dos Africanos Escravizados no Brasil”, realizado pelos ministérios dos Direitos Humanos e da Cidadania, da Igualdade Racial, da Cultura e da Educação. Ao todo, 100 locais serão sinalizados em todo o país — 25 deles na Bahia.

Durante o evento, representantes da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (SJDH) e do Conselho Estadual de Proteção dos Direitos Humanos (CEPDH) reforçaram o papel do reconhecimento como instrumento de combate ao racismo estrutural e valorização da história afro-brasileira. “A memória é um processo vivo, que precisa contar a relação entre passado e presente para que a gente não esqueça no futuro”, afirmou Priscila Barbosa, presidente do CEPDH.

O projeto também prevê ações educativas e produção de materiais pedagógicos voltados para o ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena, conforme a Lei 9394/96 (LDB).

Além do Cais da Cidade Baixa, outros espaços como portos, igrejas, quilombos, terreiros, praças e locais de resistência cultural serão sinalizados por sua relevância histórica no tráfico e escravização de africanos.

A agenda “Memória, Verdade e Democracia” vem sendo articulada na Bahia por um Grupo de Trabalho Intersetorial, formado por instituições como a SJDH, Ipac, Iphan e Fundação Gregório de Mattos.

 

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