O governo brasileiro conseguiu reverter a proibição imposta pela Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI) à venda de açaí e de outros pratos típicos durante a COP30, que acontecerá em novembro, em Belém.
O veto ao açaí, uma das iguarias mais tradicionais da região, havia sido dado sob o argumento de que haveria risco de contaminação pela doença de Chagas se ele não fosse pasteurizado. Apesar da condicionante, todos os tipos foram proibidos no edital inicialmente publicado. O documento também impedia a comercialização de tucupi e maniçoba, alegando que poderiam conter toxinas naturais se não fossem devidamente preparados.
Em nota divulgada neste sábado (16), o ministro do Turismo, Celso Sabino, relatou que a atuação do governo federal levou à publicação de uma errata do edital, que passou a permitir a oferta dos alimentos durante o evento. A mudança será oficializada na próxima semana.
“O ministro entrou na articulação com chefs de cozinha paraenses para garantir que pratos e ingredientes típicos da culinária paraense como maniçoba, açaí e tucupi tenham espaço na COP30”, diz o documento.
“O Ministério do Turismo destaca que Belém é reconhecida como cidade criativa da gastronomia pela Unesco e este ano recebeu o prêmio pela publicação Lonely Planet, maior editora de guias de viagem do mundo, como única cidade brasileira entre as 10 melhores gastronomias do mundo”, acrescentou a nota.
A tabela revogada pela OEI continha ainda a proibição de venda de maionese, ostras cruas, carnes mal passadas, sucos de fruta in natura e molhos caseiros.