Jovem com ‘pior dor do mundo’ é submetida a sedação profunda para tentar recuperar resposta a medicamentos

Jovem com ‘pior dor do mundo’ é submetida a sedação profunda para tentar recuperar resposta a medicamentos

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Tiago Mascarenhas

Reprodução/Instagram

Publicado em 14/08/2025 às 18:54 / Leia em 2 minutos

A influenciadora Carolina Arruda, de 28 anos, conhecida por relatar nas redes sociais sua rotina com neuralgia do trigêmeo, condição chamada de “a pior dor do mundo”, iniciou nesta quinta-feira (14) um coma induzido com uso de cetamina.

O procedimento ocorre após cinco cirurgias e busca permitir que seu organismo volte a responder aos medicamentos usados no tratamento.

Segundo Carolina, a sedação tem como objetivo reduzir a sobrecarga causada pelo uso contínuo de remédios que já não apresentam eficácia. Ela ficará “adormecida” sem a medicação habitual, para que, ao retomar o tratamento, haja chance de melhor resposta.

Nas redes sociais, respondendo seguidores, a jovem disse não ter medo de não voltar a consciência, uma vez que estaria “aliviada” em não sentir mais dor.

“Eu não vejo a hora de descansar, de ficar cinco dias em sedação profunda, apagada, anestesiada, sem precisar respirar sozinha, só com as máquinas me deixando viva, completamente apagada. Eu não aguento mais estar no meu corpo. Chega, meu Deus, chega”, disse Carol no vídeo”, contou ela.

A neuralgia do trigêmeo provoca dor facial intensa e incapacitante devido à compressão do nervo trigêmeo, geralmente por uma artéria em posição anormal. A condição pode durar meses, afetar um ou ambos os lados do rosto e, em casos mais raros, ser causada por esclerose múltipla ou tumores.

O médico Vinícius Boaratti Ciarlariello, do Hospital Israelita Albert Einstein, explica que, apesar de o termo “reiniciar o cérebro” simplificar o conceito, a sedação pode alterar vias de controle da dor no sistema nervoso central, reduzindo sinais que amplificam sua percepção.

No entanto, o coma induzido envolve riscos significativos, como necessidade de intubação, lesões na traqueia ou pulmões, infecções hospitalares e arritmias cardíacas.

Esse tipo de abordagem é reservado para casos “super refratários” e deve ser conduzido exclusivamente por especialistas, quando todas as alternativas já foram esgotadas.

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