Assim como tantas pessoas, Paulo Coelho, o escritor brasileiro mais conhecido do mundo também teve a ajuda de Irmã Dulce. Coelho se encontrou com a santa baiana nos anos 60, quando morava em Salvador e passava fome. Ele foi mais um entre as muitas pessoas em situação de rua que faziam fila para receber alimento.
Da freira, no entanto, Paulo recebeu mais que um prato de comida: ela foi fundamental para ajudá-lo a retornar para o Rio de Janeiro, onde nasceu.
“Eu disse: ‘Eu quero voltar para casa, mas não tenho dinheiro para voltar. A senhora tem dinheiro para me dar?’. Ela disse: ‘Dinheiro eu não tenho, mas tenho aqui…’. Aí, escreveu no bloquinho: vale duas passagens para o Rio. ‘Vai à rodoviária e dá esse papel lá’!”, disse em entrevista em 2019 ao programa Conversa com Bial.
Visivelmente emocionado, o escritor lembrou que conseguiu embarcar no ônibus e contou como percebeu que naquele momento havia conhecido uma pessoa especial.
“Eu percebi naquele dia que a mulher tinha o poder que não é dado por ninguém, mas por Deus. Ninguém dizia não a ela e ela seguia as palavras de Cristo”.
Ele revelou que como forma de gratidão faz doações aos projetos sociais fundados por Dulce.
“A coisa que eu sou muito grato é de poder pagar o mínimo, um milionésimo daquela ajuda. Então a gente ajuda hoje em dia as obras sociais da Irmã Dulce e essa semana eu vou doar um cheque de R$ 1 milhão de reais para celebrar a canonização”.
Em 2020, ele voltou a colaborar com a Osid, desta vez aportando R$ 2 milhões, aproximadamente.