Filme “Madeleine à Paris” ganha exibição especial no Recôncavo baiano

Filme “Madeleine à Paris” ganha exibição especial no Recôncavo baiano

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Luana Veiga

Reprodução

Publicado em 13/08/2025 às 12:39 / Leia em 3 minutos

‘Madeleine à Paris’, filme dirigido por Liliane Mutti e que celebra a trajetória do baiano Roberto Chaves, figura emblemática da cultura afro-brasileira na Europa e criador da Lavagem da Madeleine, ganhará uma exibição especial no município de Cachoeira, no Recôncavo baiano. A ação faz parte das comemorações pelos 200 anos de relação entre Brasil e França e acontece neste sábado (16), às 15h, na Sede da Irmandade da Boa Morte. A entrada é gratuita.

A programação do evento inclui ainda um bate-papo com a diretora Liliane Mutti, a produtora Fabíola Aquino e o Babalorixá Pai Pote, liderança religiosa do Recôncavo da Bahia, fundador do Ilê Axé Ojú Onirê, presidente do Bembé do Mercado e irmão de Robertinho. Também marcarão presença no encontro a primeira-dama, Janja da Silva, e a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

Ainda como parte das celebrações, a produção também será exibido em Nazaré das Farinhas, em 22 de agosto; em Camaçari, no dia 26 de agosto; e em Vera Cruz, no dia 27 de agosto. Em setembro, a obra desembarca em Paris, com exibição no dia 12.

Sobre o filme

O longa-metragem ‘Madeleine à Paris’ revela a trajetória de Roberto Chaves, artista negro, queer, andrógino e de Candomblé, nascido em Santo Amaro da Purificação (BA), que há mais de três décadas vive e cria entre Salvador e Paris. Figura emblemática da cultura afro-brasileira na Europa, Robertinho, como é chamado, é o criador da Lavagem da Madeleine, desfile inspirado na Lavagem do Sr. Bonfim. Há 23 anos, o cortejo leva milhares de pessoas às ruas da capital francesa celebrando as raízes do Candomblé ao som dos atabaques e de cânticos em iorubá. À noite, com maquiagem e fantasia, Robertinho se transforma em arlequim no cabaré parisiense Paradis Latin, onde atua há mais de 30 anos. Entre o sagrado e o profano, o masculino e o feminino, o protagonista do filme entre mundos, ressignificando identidades e tradições.

Com narrativa sensível e potente, o filme acompanha os passos de Robertinho em Paris, na Bahia e nos bastidores da Lavagem, revelando um artista que vive a arte como expressão de resistência. A diretora Liliane Mutti, que acompanhou Robertinho de perto por seis anos, constrói no filme um retrato íntimo e simbólico dessa travessia. Ao longo da trama, o público acompanha reencontros familiares, vivências espirituais e figuras marcantes da Lavagem da Madeleine em Paris.

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