Após o sucesso em São Paulo, que atraiu mais de 13 mil visitantes em cinco dias no Parque Villa-Lobos, a Bienal do Lixo 2025 desembarca pela primeira vez em Salvador (BA), entre 4 e 7 de setembro, das 10h às 19h, ocupando um dos cenários mais emblemáticos da capital baiana: o Farol da Barra, recentemente eleito o segundo ponto turístico mais fotografado do Brasil.
Reconhecida como um dos maiores projetos culturais e socioambientais do país, a Bienal propõe uma imersão no universo da sustentabilidade, da arte e do consumo consciente, com programação totalmente gratuita que inclui exposições, mostras de cinema, painéis de diálogo, oficinas criativas e desfile de moda sustentável.
Com curadoria e produção das agências La Mela e Usina, o evento é incentivado pela Lei Federal de Incentivo à Cultura, com realização do Ministério da Cultura e Governo Federal, e patrocínio de marcas comprometidas com práticas sustentáveis.
“Nosso objetivo é provocar uma reflexão sobre os impactos do consumo e o papel de cada pessoa na transformação de resíduos em soluções. O que chamamos de lixo pode ser reinventado em arte, educação e consciência ambiental”, destaca Rita Reis, diretora executiva da Bienal do Lixo.
A estreia soteropolitana ocupará uma área de 3.000 m², com destaque para um domo de 175 m² onde serão expostas obras de oito artistas que transformam resíduos em arte. Papelão, plásticos, eletrônicos descartados e outros materiais ganham nova vida nas criações, evidenciando o poder transformador da arte sustentável.
A Mostra de Cinema da Bienal exibirá curtas, documentários e animações que abordam questões ambientais, sociais e culturais relacionadas ao descarte e reaproveitamento de resíduos. Já os Painéis de Diálogos reunirão especialistas para discutir temas como os 15 anos da Política Nacional de Resíduos Sólidos, os caminhos para a economia circular e as expectativas para a COP30, que será realizada em novembro em Belém (PA).
“Queremos reforçar a ideia de que não produzimos lixo, mas resíduos que podem e devem ser reaproveitados. Na Bienal, eles são protagonistas, ganham valor artístico e geram impacto social”, afirma Mário Farias, idealizador e diretor da Bienal do Lixo, cuja primeira edição contará ainda com a participação da ONG queniana Ocean Sole, que apresentará esculturas feitas com chinelos reciclados retirados de praias e oceanos.
“Trazer a Ocean Sole para o Brasil reforça nosso compromisso de inspirar novas possibilidades de impacto positivo por meio da arte e da inovação”, completa Rita Reis, destacando ainda que o público poderá participar de oficinas criativas e acompanhar a Miniusina de Transformação, que mostrará, ao vivo, como tampinhas plásticas podem se tornar chaveiros, porta-copos e outros objetos úteis.
A entrada será gratuita, mediante inscrição via Sympla (em breve). Mais informações: www.bienaldolixo.com.br.