O senador e pré-candidato à presidência da Colômbia, Miguel Uribe, de 39 anos, morreu nesta segunda-feira (11), dois meses após ter sido baleado na cabeça durante um comício em Bogotá. A morte foi confirmada por sua esposa, Maria Claudia Tarazona.
“Sempre serás o amor da minha vida. Obrigada por uma vida cheia de amor, obrigada por ser um pai para as meninas, o melhor pai para Alejandro. Descanse em paz, amor da minha vida, eu cuidarei dos nossos filhos”, escreveu a víuva.
Uribe, um dos favoritos na corrida presidencial de 2026, era senador de oposição ao atual governo, neto do ex-presidente Julio César Turbay Ayala (1978–1982) e filho da jornalista Diana Turbay, sequestrada e assassinada em 1991 por narcotraficantes ligados a Pablo Escobar. O caso foi retratado no livro “Notícias de um Sequestro”, de Gabriel García Márquez.
O ataque ocorreu na noite de 7 de junho, durante um evento em Bogotá. Segundo comunicado do partido Centro Democrático, liderado pelo ex-presidente Álvaro Uribe Vélez, homens armados dispararam pelas costas do político. A Procuradoria-Geral informou que Miguel Uribe foi atingido por dois tiros na cabeça e um na perna, e que outras duas pessoas também ficaram feridas. Um adolescente de 15 anos foi apreendido no local com uma arma de fogo.
Após o atentado, o senador foi levado ao Hospital Fundação Santa Fé de Bogotá, onde passou por cirurgias e permaneceu internado. No sábado (9), seu quadro se agravou devido a uma hemorragia no sistema nervoso central, exigindo nova cirurgia de emergência e sedação.
“O mal destrói tudo, mataram a esperança. Que a luta de Miguel seja uma luz que ilumine o caminho correto da Colômbia”, lamentou o ex-presidente Álvaro Uribe.
Miguel Uribe foi o parlamentar mais votado nas eleições de 2022 e deixa esposa e um filho. Apesar do sobrenome, não tinha relação de parentesco com Álvaro Uribe.
A Colômbia acumula histórico de violência contra candidatos presidenciais. Nos últimos 50 anos, três postulantes ao cargo foram assassinados: Luiz Carlos Galán (1989), Bernardo Jaramillo Ossa (1990) e Carlos Pizarro Leongómez (1990), além de tentativas contra Álvaro Uribe.