A renomada galerista e curadora Luisa Strina, referência no mercado de arte contemporânea, escolheu o artista baiano Marepe, de Santo Antônio de Jesus, para uma exposição solo na SP-Arte Rotas, que acontece no fim deste mês, em São Paulo. Kiki Mazzucchelli, diretora artística da galeria, o define como um verdadeiro “Duchamp do Recôncavo”.
Fundadora, em 1954, de uma das galerias mais prestigiadas do país, que leva seu nome, Luisa Strina é considerada uma das marchandes mais influentes do mundo. Aos 82 anos, foi a primeira latino-americana convidada, em 1992, para a Art Basel, na Suíça, a maior feira de arte do planeta. Até 2013, integrou o grupo responsável por criar e organizar a Art Basel Miami Beach, nos Estados Unidos, abrindo portas para galeristas de toda a América Latina.
A galeria, que mantém calendário ativo no circuito internacional, também participará, ainda este ano, da ArtRio, em setembro, e da Frieze Masters e da Art Basel Paris, ambas em outubro.
A relação de Luisa Strina com Marepe começou em 1998, quando a galerista, ao conhecer seu trabalho, ligou para convidá-lo a visitá-la em São Paulo. “Tivemos um contato breve. Mas senti muita sinceridade nela em relação ao meu trabalho, se mostrou admirada com a minha produção”, relembra o artista.
A exposição que o artista apresenta na SP-Arte Rotas é inspirada na obra “Fartura”, que batiza a mostra atualmente em cartaz na sede da galeria em São Paulo. “Foi Luisa Strina quem me lançou no mundo. A partir dela, começam a acontecer várias coisas: Bienal de Veneza, de Sidney, Pompidou”, destaca Marepe, em entrevista ao jornal O Globo.