O influenciador digital Hytalo Santos está sendo investigado pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) por suspeita de “adultização” e exploração de menores em conteúdos publicados nas redes sociais.
A apuração começou em 2024, após denúncias feitas ao Disque 100, e busca verificar se os vídeos ferem o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ao expor jovens em situações com possível conotação sexual.
Segundo o MPPB, as investigações avaliam, entre outros pontos, se a imagem de adolescentes, como a jovem Kamylla Santos, de 17 anos estaria sendo utilizada de forma sensualizada. O promotor João Arlindo Corrêa Neto informou que o caso inclui a oitiva dos adolescentes e de seus responsáveis, e tramita em sigilo.
Em sua defesa, Hytalo Santos nega as acusações e afirma colaborar com as autoridades. Ele diz que as mães das adolescentes acompanham as gravações e autorizam a participação das jovens nos vídeos.
O caso voltou à tona após o youtuber e humorista conhecido como Felca lançar um vídeo, na última quarta-feira (6), com denúncias sobre a exploração de menores na produção de conteúdo online.
Uma das acusações é direcionada a Hytalo, que teve a conta no Instagram desativada na sexta-feira (8), após novas polêmicas envolvendo seu nome.
O que diz a lei sobre “adultização”
Embora o termo não seja tipificado como crime, o ECA garante a proteção integral de crianças e adolescentes, reconhecendo sua “condição peculiar de pessoa em desenvolvimento” e proibindo qualquer forma de negligência, exploração, violência ou constrangimento.
O Ministério Público é o órgão responsável por fiscalizar o cumprimento desses direitos e pode acionar a Justiça sempre que houver suspeita de violação. A investigação contra Hytalo Santos se insere nesse contexto, buscando esclarecer se houve ou não infração legal nos conteúdos produzidos pelo influenciador.