Em sua primeira entrevista após a morte da cantora Preta Gil, Gilberto Gil emocionou o público ao falar sobre o legado da filha e como tem enfrentado o luto. A conversa foi exibida neste domingo (10), no programa Fantástico, da TV Globo, e conduzida pela jornalista Poliana Abritta.
Preta Gil faleceu no último dia 20 de julho, aos 50 anos, em decorrência de complicações de um câncer no intestino. “Preta era uma menina incrível, muito cheia de vida, muito intensa no sentido afetivo e que se tornou uma pessoa pública muito querida. Essa luta intensa que ela teve pela vida era uma coisa que não só nos comovia, mas também nos chamava para a responsabilidade”, disse Gil, visivelmente emocionado.
O artista baiano falou sobre o sofrimento da filha durante o tratamento e refletiu sobre a força que ela transmitia. “Ela viveu uma vida que nos ensina muita coisa, nos indica direções, escolhas a serem feitas, valores a serem cultivados. Além da sua herança para a música, ela se tornou um defensora aguerrida de causas importantes e de combate ao preconceito, lutando por dias melhores tanto para indivíduos quanto para a coletividade (…) Estamos naturalmente tristes, ainda tendo que nos acostumar com a perda, com a falta. Ao mesmo tempo, ela já vinha em um sofrimento prolongado de quase três anos. Então, essa partida vem com o sentimento de que ela sossegou (…) A morte faz parte da vida e a gente precisa seguir”, declarou.
Durante a entrevista, Gil também relembrou a morte trágica do filho Pedro Gil, vítima de um acidente de carro em 1990, e falou sobre o apoio que a família tem recebido. “Com Preta, tivemos tempo, de uma certa forma, de nos acostumar com a ideia de sua partida. Desde o início, o diagnóstico dela já era muito duro e as expectativas de cura eram pequenas. Esses últimos tempos lá nos Estados Unidos foram para acompanhá-la e cercá-la do maior conforto possível”, contou.
O relato de Gilberto Gil comoveu os fãs e evidenciou a união da família em um momento tão delicado. Preta Gil deixa um legado de coragem, representatividade e amor pela vida, como destacou o pai: “Ela era entusiasta de viver para que a vida fosse melhor, para ela e para todos”.
