A Festa Literária Internacional do Pelourinho tem um feito histórico para comemorar. Neste sábado (9), o público lotou o Largo do Pelourinho para debater literatura com o escritor Raphael Montes. Novidade desta edição, a Fundação Casa de Jorge Amado inovou ao levar debates literários para o palco principal da festa, antes ocupado apenas pelas atrações musicais.
“Este ano ousamos, apostamos em conversas no palco principal. Deu muito certo. Ontem, foi com o pesquisador e escritor Luiz Antônio Simas. Hoje, o Largo do Pelourinho ficou lotado para o bate-papo com Raphael Montes. Isso é histórico, pois o Largo do Pelourinho é sempre associado à música, mas provamos que ele poder ser ocupado por todas as artes. Ontem e hoje pela literatura. No dia da abertura, pelo teatro”, destaca Angela Fraga, presidente da Fundação Casa de Jorge Amado, instituição cultural responsável pela realização da Flipelô. “Ano que vem, teremos mais atrações literárias no palco principal. A aposta deste ano veio para ficar. O público gostou, avaliamos que deu certo e vamos seguir com esse formato de conversa ao céu aberto tendo a arquitetura histórica do Pelourinho como cenário”, completa.
A conversa com Raphael Montes passeou pelos principais livros do escritor como Suicidas” (2010), “Dias perfeitos” (2014), “Bom dia, Verônica” (2016)”. O bate-papo foi conduzido pela cantora e produtora cultura Rebeca Tárique.
Programação
Neste domingo (10), Dia dos Pais e aniversário de Jorge Amado, a programação da Flipelô terá início com a missa de ação de graças na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, às 9h. As mesas seguirão debatendo literatura durante todo o dia. O escritor Raphael Montes fará uma nova apresentação, às 16h, na Vila Literária, no Largo Tereza Batista.
Às 18h, o Largo do Pelourinho receberá o concerto ‘O tom da ancestralidade – Um tributo a Jorge Amado’, com a Orquestra Afrosinfônica. “Nossas grandes referências são esses grandes mestres, como Jorge Amado e Dorival Caymmi. A Afrosinfônica só existe por conta do terreno que eles construíram para que a gente pudesse pisar. Como dizia Jorge, é preciso olhar para o nosso quintal — e é isso que fazemos desde o começo, cuidando dos jardins da nossa cultura. Estar na Flipelô potencializa o que acreditamos e fazemos. Este concerto é, de fato, uma celebração à obra dele”, diz o maestro Ubiratan Marques, que conduz a Afrosinfônica.