Cantor baiano, inspirado em Leo Santana, arrasta multidões com piseiro nas ruas de São Paulo

Cantor baiano, inspirado em Leo Santana, arrasta multidões com piseiro nas ruas de São Paulo

Redação Alô Alô Bahia

redacao@aloalobahia.com

Com informações do g1

Reprodução / Redes sociais

Publicado em 09/08/2025 às 19:27 / Leia em 3 minutos

Com uma caixa de som, um microfone com fio e um copo de cachaça com limão, o baiano Rom Santana, natural de Iramaia, na Chapada Diamantina, tem transformado a boêmia Rua 13 de Maio, no Bixiga, centro de São Paulo, em um verdadeiro palco de piseiro nas madrugadas de sábado.

Inspirado por Leo Santana — de quem herdou o nome artístico —, Rom começou cantando de forma despretensiosa no aniversário de um amigo, em frente à mercearia Bella Doces, no fim de 2022. A performance virou tradição, ganhou público e hoje leva mais de 1.500 pessoas para a rua, segundo sua produção. O cantor passou a ser chamado de “Príncipe do Bixiga” — e, para muitos, já é o “Rei da 13”.

Com shows que começam por volta das 23h e seguem madrugada adentro, Rom comanda o público com coreografias no estilo pagodão baiano, tira a camisa, canta hits de João Gomes, Leo Santana e músicas autorais. Seus fãs se autodenominam “felinos e felinas”, em referência ao signo de Leão.

Rom Santana

Apesar do sucesso, o crescimento das apresentações atraiu também olhares da vizinhança e da fiscalização. Como o evento acontece na rua, sem estrutura formal, as apresentações hoje são mais esporádicas, segundo o produtor Robson Araújo de Melo. “Nosso intuito não é atrapalhar a vizinhança”, disse ele, sobre os desafios de manter eventos urbanos não oficiais em São Paulo.

Hoje, além da Rua 13 de Maio, Rom também se apresenta em casas de show como o Terraços Lounge, na Rua Rui Barbosa, e já virou atração em festas fechadas como Je Treme e Risca Fada, chegando até à tradicional Audio Club, com capacidade para 3 mil pessoas.

A migração dos palcos improvisados para os espaços fechados tem sido vista pelo cantor como um novo passo. “A rua tem essa liberdade que eu amo, mas o show em local fechado ajuda a profissionalizar mais o trabalho”, afirma.

Rom, cujo nome verdadeiro é Romário Silva Ramos, chegou a São Paulo no fim de 2010 com o sonho de “mudar de vida” e trabalhou como pizzaiolo antes de se descobrir artista. Hoje, aos 31 anos, diz que sua missão é representar os baianos com orgulho — e levar o piseiro para onde couber um beat e uma plateia animada.

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